A Polícia Cívil faz, na manhã desta terça-feira (26/11), a reconstituição da chacina ocorrida em 23 de maio deste ano, quando foram mortos Felippe Júnior, de 26 anos, o filho dele, Heitor Felippe, de 9 anos, que festejava o aniversário, e a prima Laiza Emmanuelle. Uma menina, de 13 anos, ficou ferida. O crime aconteceu em um sítio, na Rua Maria Claudino Rocha Silva, 1993, no bairro Areias de Baixo, em Ribeirão das Neves. 

 

 

Três dos investigados estiveram presentes, Ivone Silva de Almeida, que seria a informante dos matadores, Iago Pereira de Souza Reis, de 23 anos, e Fabiano Alves Santos, de 39.

 




A reconstituição foi um pedido conjunto das defesas dos acusados.

 

 

Dos três, Fabiano se recusou a participar da reconstituição, alegando que não estava no local. Ele seria, segundo aponta o inquérito, um dos motoristas responsável pela fuga do local.

 

O advogado de Fabiano, Jeovaldo Reis, alega que o cliente dele não estava no local do crime. E bate na tecla de que ele não poderia estar dirigindo um carro comum, pois é deficiente físico, tem apenas uma das pernas. "Não apresentaram, até hoje, o carro que ele estaria dirigindo".

 

 

O advogado de Ivone, Joel Francisco Costa Júnior, defende a tese de que o inquérito tem falhas, como por exemplo, o celular dela ter recebido 58 ligações dos responsáveis pelo crime, mas que foram deixadas de lado.

 

 

"Nas mensagens está claro que ela foi intimidada, ameaçada, para dizer onde seria a festa. Nas fotos, a filha dela jogando futebol, a mãe dela onde trabalhava, todas com mensagens para intimidar", diz ele.

 

O único que participou da reconstituição foi Iago, que revelou como agiu no dia, descendo armado do carro, entrando no sítio, efetuando os disparos. Na fuga, conta que levou tiros na perna, que fizeram com que ele caísse antes de entrar no carro para a fuga.

 

Dois dos acusados seguem foragidos. São eles Leandro Roberto da Silva, de 43 anos, conhecido por "Berola", e Leandro Celso da Silva, o "Alemão", apontados como mandantes do crime e ligados ao tráfico de drogas do Morro Alto, assim como Felippe Júnior, .

 

 

A advogada de defesa deles, Ana Luiza França, diz que o fato de os irmãos ainda não terem se apresentado é uma estratégia da defesa. "Ainda faltam pontos para serem elucidados. Eles não têm nada haver com o crime."

 

Dor

 

Evelin, a mãe de Heitor e mulher de Felipe, esteve presente à reconstituição e contou sobre seu sofrimento. "O tempo passa e a dor só aumenta. Eu hoje faço tratamento com psiquiatra e psicólogo e tomo remédio. Estou sofrendo tanto, que meu cabelo está caindo".

 

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Ela disse que em princípio pensou em não participar da reconstituição. "Mas eu e minha sogra estamos lutando, estamos à frente desse pedido de justiça. É o que queremos".

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