Gabinete da Defesa Civil durante teste do alerta  -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Gabinete da Defesa Civil durante teste do alerta

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

Usuários da rede de telefonia móvel em Belo Horizonte relataram ter se assustado, na tarde de domingo (1/12), com uma notificação incomum nos aparelhos celulares. O texto, com o título “alerta extremo”, veio acompanhado de um barulho de notificação, até para os celulares que estavam no modo silencioso.

 

 

 A situação, no entanto, não configurou um alerta de risco real e se trata de uma demonstração para a capital mineira. A iniciativa é da Defesa Civil de Minas Gerais em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras de celular.

 

 

O sistema Defesa Civil Alerta utiliza a rede de telefonia móvel para enviar mensagens de texto e avisos sonoros, interrompendo qualquer conteúdo em uso no aparelho, incluindo o modo silencioso. A tecnologia é direcionada para áreas de risco, com cobertura de rede 4G ou 5G, e não exige cadastro prévio do usuário.

 

 

A ação teve como objetivo apresentar à população o funcionamento prático da ferramenta, que emite alertas sobre riscos e desastres naturais, para que a população entenda como o alerta funcionará em situações de emergência, permitindo testar sua eficácia na transmissão de informações urgentes.

 

 

O sistema deve ser implementado em todo o país no primeiro semestre de 2025. Após testes no Rio Grande do Sul, BH foi a primeira capital a receber a novidade. A partir da próxima quarta-feira (4/12), as regiões Sul e Sudeste do Brasil poderão contar com os alertas em caso de emergência.

 

Como funciona

 

O Coordenador Adjunto de Defesa Civil estadual, Major Wenderson Duarte Marcelino, explica que há dois tipos de alertas programados: extremo, como anunciado na demonstração, e severo, “Ambos são caracterizados por ameaças críticas à vida, à propriedade, à infraestruturas. A diferença entre eles é que: no alerta extremo - a urgência é imediata, precisando a população adotar medidas de autoproteção naquele exato momento. No alerta severo - a urgência não é imediata, tendo a população um pouco mais de tempo para se preparar e se proteger”, explicou.

 

 

Segundo a Defesa Civil, no caso alerta extremo, a mensagem acionará um sinal sonoro no celular semelhante a uma sirene, com duração 10 segundos - ainda que o aparelho esteja no modo silencioso. Já no alerta severo, o sinal será um “beep” similar ao do SMS, com duração de 2 segundos e ficará na tela até que o usuário clique no “Ok”.

 

A ferramenta só não funciona em dois casos: quando o aparelho está em “modo avião” e quando não utiliza tecnologia 4G ou 5G. No segundo caso, o Major Marcelino tranquiliza: “Alguns aparelhos ainda não operam com essa tecnologia. Nesse caso, ainda manteremos as mensagens por SMS com os alertas”, disse.

 

 

O alcance de pessoas localizadas na área de risco é definido pela Defesa Civil, que tenham celulares compatíveis (android e IOS lançados a partir de 2020) e cobertura de telefonia móvel com tecnologia 4G ou 5G. Podem ser residentes ou não, nacionais ou estrangeiros. O texto chega em português para todos.

 

A antecipação do alerta em relação à emergência ainda não pode ser determinada. “A antecipação depende de muitos fatores, dentre eles, o tipo de desastre previsto. Eventos adversos de origem súbita, como deslizamentos e enxurradas, são previstos com poucas horas, às vezes, minutos de antecedência. Outro fator que influencia essa antecipação é a capacidade local de monitoramento e alerta”, afirma o órgão.

 

A Defesa Civil ainda esclarece que para ter acesso à iniciativa não é necessário baixar nenhum aplicativo e o serviço é totalmente gratuito. O texto da mensagem aparece sobreposto ao conteúdo da tela, em destaque no celular.


Não é solicitado o cadastro prévio ou a indicação de um CEP de interesse.

 

Susto

 

O alerta "extremo" que chegou pelos celulares dos belo-horizontinos está entre os assuntos mais comentados na rede social X, o antigo Twitter. 'Susto' e 'Defesa Civil' estiveram entre os assuntos mais citados no estado.

 

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A notificação incomum acompanhada de um toque semelhante a uma sirene deu um susto nos usuários das redes de telefonia móvel e rendeu muitos relatos divertidos na web.Os usuários compararam o som ao que apelidaram de “trombetas do apocalipse”. Outro internauta, bem humorado, afirmou que ao receber o alerta imaginou um cenário de guerra. Já um outro usuário da rede social contou que, para ele, o teste da ferramenta foi também um teste da saúde cardíaca. “A experiência de quase infarto que tive foi muito boa”, brincou.