Emanuelle Mello tem apenas 15 anos, mas já é medalhista de prata pela Olimpíada Internacional de Matemática (WMTC, World Mathematics Team Championship em inglês), que encerrou nesta segunda-feira (2/12) em Doha, no Catar. Entre 800 estudantes de 20 países, a mineira roubou a cena e garantiu o pódio. Além dela, o estudante Isaac Miguel Gomes, de 11 anos, recebeu menção honrosa pela participação. Ambos são de Belo Horizonte e estudam na Escola Municipal Cora Coralina, na Região da Pampulha.
A competição global aconteceu na Qatar Foundation, com provas individuais, por revezamento e por equipes. Para o professor Fábio Andrade, a conquista é uma emoção em razão da dedicação e do compromisso dos alunos. Ele também ressalta a necessidade de investimento no ensino público e novas oportunidades. “Acredito firmemente em uma educação pública de qualidade. Vamos continuar acreditando e trabalhando pela educação que eles merecem”, destaca.
Isaac, que trouxe sua menção honrosa para casa, revela que a viagem será, para sempre, momentos marcados na memória. “Fiquei impressionado com a beleza do lugar, mas o que realmente me conquistou foram os momentos vividos durante as provas. Foi desafiador, sem dúvida, mas cada etapa trouxe aprendizado e superação. A menção honrosa representa tudo o que conquistei nessa jornada”, afirma.
Ainda em agosto deste ano, acontecia a etapa nacional em Campinas. A escola municipal havia enviado 8 alunos, do 5° ao 9°, que se classificaram por meio de uma etapa seletiva. Eles conquistaram seis premiações: duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze.
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Com a vaga na fase final garantida, entre os dias 23 e 25 do mesmo mês, a escola participou da Pré-WMTC, a etapa internacional da competição. Ela reuniu estudantes de todo o mundo para resolver o mesmo conjunto de questões simultaneamente.
Então, após resolver problemas em equipe; estimular habilidades de raciocínio lógico; achar a solução de problemas sozinha e em grupo e, depois de oito dias no Oriente Médio, conquistar uma medalha de prata, Emanuelle diz que acredita que muitas portas se abrirão. “Eu amei a experiência de conhecer novas pessoas, culturas, adquirir novos aprendizados e, principalmente, realizar a prova”, conclui.
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