Uma quadrilha baseada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta segunda-feira (2/12). Os suspeitos, segundo a investigação, emitiam notas fiscais falsas cuja soma chegou a R$ 136 milhões desde o início da fraude. O objetivo da organização criminosa era "esquentar" produtos de crime.
Dentro da Operação Hybris foram cumpridos dez mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão, em diferentes estados do Brasil. A ação buscou desarticular a organização criminosa que criava empresas fictícias utilizadas para a emissão de notas fiscais eletrônicas com dados falsos (NFA-e).
"O esquema visava dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e propriedade de tratores e maquinários agrícolas provenientes de roubos e furtos", informou o MP. A apuração aponta que a organização tinha base operacional em Uberlândia, mas registrou empresas nos estados do Maranhão, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas.
Os criminosos utilizavam identidades, números de telefone e endereços eletrônicos de terceiros. Com isso conseguiram emitir mais de 500 notas fiscais fraudulentas.
Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Patos de Minas, no Alto Paranaíba; e em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo. Também houve desdobramentos da operação em Goiânia, Santa Helena de Goiás, Bom Jesus de Goiás, em Goiás; no Distrito Federal (DF) e em Eldorado dos Carajás (PA).
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A operação foi coordenada pelo Grupo de Apoio Especial ao Crime Organizado (Gaeco) de Patos de Minas, em conjunto com a 10ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais e com o apoio dos Gaecos de Uberlândia e Uberaba, e dos Gaecos dos Ministérios Públicos dos Estados de Goiás, Pará e do Distrito Federal.