Aldemir Rodrigues de Souza, de 40 anos, fazia a manutenção no 17º andar do prédio do TRF6, em BH, quando elevador caiu  -  (crédito: Leandro Couri / EM / D.A Press)

Aldemir Rodrigues de Souza, de 40 anos, fazia a manutenção no 17º andar do prédio do TRF-6, em BH, quando elevador caiu

crédito: Leandro Couri / EM / D.A Press

O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais (Sitraemg) pediu que o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) envie laudos da manutenção dos elevadores dos três prédios que abrigam funcionários do órgão em Belo Horizonte. A demanda foi feita depois que um técnico de uma empresa terceirizada morreu durante a queda de um elevador no Edifício Oscar Dias Corrêa, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital, na manhã desta segunda-feira (2/12). 


 

Aldemir Rodrigues de Souza, de 40 anos, fazia a manutenção do equipamento quando houve o acidente.  Por meio de nota, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), informou que o elevador despencou da casa de força, situada no 17º andar, até o fosso. “O tribunal esclarece que a manutenção técnica dos elevadores é mantida rigorosamente em dia. Além disso, manifesta solidariedade à família de Aldemir e está prestando todo o apoio necessário.” 


 

No início da tarde, a pedido do sindicato, o tribunal determinou que todos os funcionários trabalhem em regime remoto até a sexta-feira (6/12). Conforme despacho, assinado pelo presidente do órgão, Vallisley Oliveira, além do prédio em que aconteceu o acidente, o teletrabalho também se estende ao funcionalismo dos dos edifícios Euclydes Reis Aguiar e Antônio Fernando Pinheiro, ambos na Avenida Álvares Cabral, também no Bairro Santo Agostinho. Além disso, o tribunal decretou luto oficial de três dias. 


 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que, assim que tomou conhecimento dos fatos nesta manhã, o rabecão foi acionado para a remoção do corpo ao Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette. A corporação informou, ainda, que a perícia e a investigação ficarão a cargo da Polícia Federal (PF)


Outros acidentes


Para Nelson da Costa Santos Neto, servidor público do TRF-6, e coordenador executivo do Sitraemg, o acidente desta segunda-feira decorreu de “negligência” do órgão. Ao Estado de Minas, o policial judicial citou que essa não é a primeira ocorrência envolvendo elevadores de prédios que abrigam trabalhadores da Justiça Federal. 


 

O outro acidente aconteceu em julho deste ano. Na ocasião, uma mulher de 40 anos teve parte do corpo prensado em um elevador no Edifício Antônio Fernando Pinheiro, onde fica a sede do tribunal. A servidora foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para o Hospital João XXIII com fratura exposta em uma das pernas. 


 

Segundo um servidor da Justiça Federal, que preferiu não se identificar, seis pessoas estavam no equipamento descendo para o térreo e subsolo, onde fica o estacionamento. Em um determinado momento, entre os andares, o elevador travou e a porta se abriu.


A vítima, então, tentou sair pelo vão quando o elevador se movimentou. O pé da mulher teria ficado prensado e ela gritava de dor. As equipes de segurança do prédio acionaram os bombeiros, que conseguiram abrir o elevador de forma manual. Segundo o servidor, a mulher agiu no impulso quando tentou saltar pela fresta do elevador.


 

Logo após o acidente, em 1º de agosto, representantes do sindicato se reuniram com o então diretor geral do órgão, Edmundo Veras, e cobraram medidas para a segurança dos servidores, incluindo a manutenção dos elevadores e apoio à servidora acidentada. No encontro, Veras afirmou que obteve autorização orçamentária do Conselho da Justiça Federal (CJF), para a compra de quatro novos equipamentos para o prédio que abriga a sede do TRF-6, além da contratação de engenheiro mecânico especialista e da modernização dos demais elevadores da capital. 


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“Nos informaram que incluíram a compra dos novos elevadores nos outros prédios (edifício 2 e 3) no orçamento 2025. Nessa reunião foi afirmado que a manutenção estava em dia”, destaca o coordenador-geral do Sitraemg, Alexandre Magnus.

 

*Com informações de Leandro Couri