A expectativa é que as obras comecem em 2026, após a seleção do parceiro privado -  (crédito: Jair Amaral / E.M / DA.Press)

A expectativa é que as obras comecem em 2026, após a seleção do parceiro privado

crédito: Jair Amaral / E.M / DA.Press

O projeto de criação de um novo Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio (HoPE), anunciado na manhã desta sexta-feira (6/12) pelo Governo de Minas Gerais, prevê atendimento gratuito de qualidade, com previsão de realização de mais de 200 mil consultas especializadas, 30 mil internações e mais de 2 milhões de exames anualmente. Se aprovado em consulta pública, o Complexo ficará localizado no bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte.

 

 

Em coletiva, o governador Romeu Zema (Novo) reforça a importância da modernização no atendimento à saúde. Zema ressaltou a relevância dos edifícios e do formato de atendimento realizado no passado, mas apontou a necessidade da atualização nos serviços, dado os avanços tecnológicos na área da saúde. O projeto disponibiliza estrutura moderna para atividades hospitalares e laboratoriais, com mais qualidade, além de atendimento gratuito para a população.

 

 

"Estamos dando o devido valor a essas edificações que já serviram e foram modernas na sua época, mas que hoje não atendem mais as questões de saúde. Quando falamos de hospitais de qualidade no Brasil e no mundo, pensamos em hospitais que foram construídos nos últimos 10 anos", disse o governador.

 

A iniciativa passará por consulta pública neste mês, com previsão de divulgação no Diário Oficial do estado para o dia 10. Caso aprovado, o projeto disponibilizará diferentes linhas de cuidado em um único local.

 

 

Com a convivência de diferentes linhas de cuidado em um único local, o HoPE promoverá o uso compartilhado de recursos, como centro cirúrgico e estruturas de apoio como farmácia, lavanderia, entre outros. Além disso, o novo Lacen/MG será equipado com sistemas automatizados e estrutura modular, permitindo expansão temporária para atender a picos de demanda, como em surtos ou epidemias.

 

A iniciativa passará por consulta pública neste mês, com previsão de divulgação no Diário Oficial do estado para o dia 10. Caso aprovado, o projeto disponibilizará diferentes linhas de cuidado em um único local, com a convivência de diferentes linhas de cuidado em um único local, o HoPE promoverá o uso compartilhado de recursos, como centro cirúrgico e estruturas de apoio como farmácia, lavanderia, entre outros. Além disso, o novo Lacen/MG será equipado com sistemas automatizados e estrutura modular, permitindo expansão temporária para atender a picos de demanda, como em surtos ou epidemias.


 

Segundo Zema, melhorar a saúde da população mineira tem sido uma meta constante. De acordo com ele, a pasta da saúde em Minas Gerais opera cada vez mais descentralizada, com mais estrutura no interior do estado, o que é bem avaliado por ele, pois proporciona mais conforto para quem não mora na Região Metropolitana. Assim como o chefe do Executivo, o secretário de estado de saúde Fábio Baccheretti também tem uma boa expectativa acerca da criação do Complexo de Saúde.

 

O secretário estadual da Saúde Flávio Baccheretti explica a relevância de concentrar diferentes serviços em um um único hospital

O secretário estadual da Saúde Flávio Baccheretti explica a relevância de concentrar diferentes serviços em um um único hospital

Jair Amaral/EM/DA Press


De acordo com Bacchereti, o nome do complexo de saúde (HoPE), fez uma alusão à palavra "hope", em inglês, que significa esperança. Para ele, a expectativa é positiva, pois o espaço proporcionará a possibilidade de cuidar de um número maior de pessoas com qualidade.

 

 

Estrutura

 

De acordo com o governo estadual, a qualidade do projeto também é marcada pela infraestrutura do espaço. O complexo terá capacidade para mais de 500 leitos para oferecer serviços de cuidado hospitalar e vigilância laboratorial, garantindo assistência mais ágil à população. O objetivo é que o serviço ofereça mais 400 leitos clínicos e cirúrgicos, 100 leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) e 60 consultórios.

 

O objetivo é que os serviços sejam 100% gratuitos, disponíveis através do Sistema Único de Saúde (SUS), com as seguintes especialidades: oncologia, infectologia, pediatria, hematologia, maternidade e saúde da mulher. Além disso, o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen/MG) estará integrado ao projeto, promovendo a otimização de diagnósticos.

 

 

A partir da realização de exames e procedimentos de média e alta complexidade, e mais qualidade no atendimento, a população terá acesso a consultas especializadas mais rápidas. O acesso aos exames de alta tecnologia e resposta eficiente em situações de emergência é de interesse epidemiológico e de controle sanitário.

 

O projeto é desenvolvido sob a coordenação da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em articulação com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

 

A iniciativa conta com recursos do Acordo de Reparação aos danos provocados pelo rompimento das barragens da Vale em Brumadinho, assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais. O rompimento tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais.

 

Localização

 

Segundo o Governo de Minas, a área para construção do espaço foi escolhida devido a proximidade com as avenidas Amazonas e Tereza Cristina, com fácil acesso pelo sistema de metrô.

 

Para a construção e a operação do empreendimento, será adotado o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A iniciativa privada será responsável pela construção, equipagem e manutenção do complexo, além da prestação de serviços de apoio, como limpeza e segurança.

 

Já os serviços assistenciais hospitalares e de vigilância laboratorial continuarão sob gestão pública, conduzidos pela Fhemig e Funed, e serão totalmente gratuitos, via Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Participação popular

 

O cronograma prevê a abertura de uma consulta pública ainda em dezembro, no intuito de ampliar a participação social, com divulgação prevista no Diário Oficial para o dia 10 de dezembro. No início de 2025, serão realizadas audiências públicas para aprofundar o debate e coletar contribuições da sociedade civil.

 

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A publicação do edital de licitação está prevista para o primeiro trimestre de 2025, com a realização da licitação no trimestre seguinte. A expectativa é iniciar as obras em 2026, após a seleção do parceiro privado.