Um homem de 26 anos, envolvido com o tráfico de drogas, foi torturado e morto por traficantes na madrugada deste domingo (8/12) em beco da Rua Oscar Lobo Pereira, no Bairro Primeiro de Maio, Região Norte de Belo Horizonte. Depois de sofrer agressões com socos, chutes, tijolos e pedaços de madeira, ele foi encontrado, já sem vida, enrolado em um lençol, dentro de um carrinho de supermercado. Dois suspeitos foram presos.
Segundo registro da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), um morador da região fez uma denúncia anônima afirmando que havia ocorrido o "tribunal do crime" e que ouviu um homem ser torturado durante toda a noite e manhã por dois homens em barracos abandonados.
Quando a guarnição chegou ao beco, encontrou rastros de sangue que levavam a um barraco, que contava com grande quantidade de sangue no chão e nas paredes. Lá, os policiais encontraram um dos suspeitos, que afirmou que o segundo suspeito havia sido responsável pelo espancamento e por esconder o corpo.
A equipe policial iniciou as buscas pelo homem, que foi localizado no interior de uma obra na Rodovia Celso Mello Azevedo, na altura do Bairro São Gabriel, graças à tornozeleira eletrônica. No momento em que os militares chegaram no local, o suspeito havia acabado de romper o acessório de monitoramento, de modo que sua localização não fosse mais encontrada.
"Sumiço" de drogas e dinheiro
Segundo relatos de ambos os suspeitos, a vítima era conhecida no meio por “sumir” com drogas e o dinheiro do tráfico. Eles contaram à polícia que o grupo forneceu drogas para que ele vendesse durante a noite e quitasse as dívidas, mas, quando solicitaram o balanço das vendas, a vítima relatou que não sabia onde estava o dinheiro nem o restante dos entorpecentes não vendidos.
Neste momento, um deles teria pedido autorização para o gerente do tráfico na região para torturar e executar a vítima, o que lhe foi concedido. Então, os homens torturaram o jovem com socos, chutes, tijolos e pedaços de madeira durante algumas horas.
Após o óbito, o suspeito enrolou o corpo da vítima em um cobertor e, com a ajuda do segundo homem, colocou-o em um carrinho de supermercado e o abandonou ao final do beco. A perícia e o Rabecão estiveram no local.
Gerente fugiu
A partir dos relatos dos suspeitos, os militares localizaram a mulher do gerente, que afirmou que ele havia fugido no momento em que a guarnição chegou ao local para as primeiras investigações.
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A guarnição também contou com a Companhia de Polícia Militar Independente ROCCA e seus cães farejadores, que não encontraram nenhum item ilícito.