As obras para construção da Casa da Mulher Brasileira, em Belo Horizonte, foram iniciadas pelo executivo municipal. O espaço vai funcionar na Região Nordeste da capital mineira e atenderá mulheres de maneira humanizada. O objetivo é facilitar o acesso a serviços especializados que garantam condições de enfrentamento à violência, e que promovam o empoderamento e a autonomia econômica das mulheres.
A Casa da Mulher Brasileira é um dos eixos do programa “Viver sem Violência”, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Entre os serviços que serão ofertados estão apoio psicossocial, delegacia, Defensoria Pública, Juizado, Ministério Público, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças e brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes.
Luana Magalhães, subsecretária municipal de Direitos de Cidadania, celebra o início das obras da Casa da Mulher Brasileira. “Estamos vendo nascer um novo equipamento que vai fortalecer muito as políticas e combater a violência contra as mulheres de uma forma mais organizada, mais célere, uma vez que vamos reunir todos os atores envolvidos nesse cenário — Judiciário, Defensoria Pública, Delegacia, atendimentos psicossociais realizados pelo município”, afirma.
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Livia de Souza, doutora em ciência política e pesquisadora da Fiocruz MG na área de violência e saúde, reforça a importância dessa centralização de serviços, uma vez que o deslocamento entre uma instituição especializada e outra hoje pode ser um empecilho para as vítimas.
“Essa mulher vai peregrinando entre os serviços e, em muitos casos, ela vai desistir ou vai dizer que não funciona. Isso também não deixa de ser uma forma de revitimização dessa mulher, que já está tão fragilizada. Isso é exaustivo”, ela explica.
A Casa
O espaço está sendo erguido na Rua Álvares da Silva, no Bairro União. A obra tem supervisão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a previsão para conclusão é final de 2025. O investimento será de R$ 15,5 milhões, em recursos do município e da Caixa Econômica Federal.
A Casa será formada por um pavimento único, dividido em sete blocos de serviço e um bloco destinado à recepção e triagem. A construção terá cerca de 3 mil metros quadrados, em uma área de mais de 8 mil metros quadrados.
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"Precisávamos de um espaço muito grande e que tivesse um acesso mais facilitado. Então, temos um equipamento muito próximo a uma via de grande fluxo da cidade [Avenida Cristiano Machado], e que está muito próximo do centro. Todos esses fatores contribuíram", disse Luana Magalhães na época que a licitação para construção foi aberta.
*Estagiárias sob supervisão do subeditor Gabriel Felice