SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Leandro Gomes dos Santos, diretor da Mancha Alviverde suspeito de participação na emboscada a um ônibus com a Máfia Azul, do Cruzeiro, que culminou na morte de um cruzeirense, se entregou à polícia nesta terça-feira (10).
Com um mandado de prisão temporária expedido contra ele, Leandrinho, como é conhecido, estava foragido desde o início de novembro.
"Um dos homens procurados por envolvimento em uma emboscada a torcedores do Cruzeiro se apresentou no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta terça-feira (10). O mandado de prisão temporária foi cumprido e ele está prestando depoimento", confirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) em nota à Folha de S.Paulo.
A pasta informa que as investigações seguem em sigilo "para o total esclarecimento do caso".
Com essa prisão, a Polícia Civil já contabiliza 13 envolvidos na emboscada presos. Nesta segunda-feira (9), Jorge Luis Sampaio dos Santos, 44, então presidente da Mancha Alviverde, renunciou ao cargo e prometeu se entregar, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (11), segundo sua defesa.
Além de Leandrinho e Santos, o vice Felipe Mattos Santos, o Fezinho, 31, também está foragido. A polícia procura outras duas pessoas ligadas à torcida organizada do Palmeiras.
No último dia 3, dez pessoas suspeitas de participação na emboscada contra cruzeirenses foram presos. Entre os detidos está o advogado Luiz Ferreti Júnior, que defende a Mancha Alviverde. O motivo da prisão não foi divulgado, mas ele estaria no momento da emboscada. Anteriormente, outros dois suspeitos haviam sido presos.
A emboscada terminou com a morte do motoboy José Victor Miranda, 30.
Era manhã de domingo, 27 de outubro, quando dois ônibus com membros da Máfia Azul (organizada do clube mineiro) que seguiam de Curitiba (PR) para Belo Horizonte foram atacados por torcedores da Mancha na rodovia Fernão Dias.
A ação, na altura do pedágio de Mairiporã, na Grande São Paulo, foi um revide a uma briga ocorrida na mesma rodovia, mas em solo mineiro, dois anos antes.
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Naquela ocasião os palmeirenses levaram a pior. Entre eles estava o então presidente Jorge Luis Sampaio dos Santos, que teve os documentos roubados e depois exibidos como um troféu em jogos do Cruzeiro.