Em MG, Geminídeas é melhor para ser vista na madrugada desta sexta (13/12) -  (crédito: Jeff Dai/Reprodução)

O céu brasileiro será palco de forma mais visível a olho nu de uma chuva de meteoros denominada Geminídeas

crédito: Jeff Dai/Reprodução

Nesta quinta (12) e sexta-feira (13/12), o céu brasileiro será palco de forma mais visível a olho nu de uma chuva de meteoros denominada Geminídeas, segundo o Observatório Nacional. Considerada uma das mais fascinante, ela ocorre anualmente em todo o mundo entre os dias 2 e 21 de dezembro e, neste ano, atingirá o seu pico no Brasil nas noites de hoje e amanhã.

 

Ainda conforme o Observatório Nacional, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o melhor horário para observar a Geminídeas é a partir das 23h, sendo mais visível no meio da madrugada. "Nesses horários, a constelação de Gêmeos estará mais alta no céu, proporcionando uma visão mais clara e de maior duração (...) As regiões mais ao norte do Brasil serão mais privilegiadas", informou o Observatório Nacional.

 

A chuva de meteoros, que é reconhecida como a mais intensa do ano, deve seu nome à constelação de Gêmeos, onde está seu radiante. O radiante é o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir.

 

 

Segundo informações divulgadas pelo astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, na noite de amanhã (13/12) será possível observar um bom número de eventos, especialmente se o céu estiver limpo e nas condições ideais.

 

"Uma característica interessante desta chuva é que ela pode ser observada antes da meia-noite. Isso torna a observação mais acessível, especialmente para quem prefere não virar a noite. No hemisfério sul, o espetáculo ocorre com menor intensidade, sendo melhor e mais visível no meio da madrugada", destacou o astrônomo.

 

O Observatório Nacional explica que as Geminídeas são conhecidas por sua luminosidade, intensidade, cores intensas e, principalmente, pela produção de bólidos (ou fireballs). No entanto, a velocidade dos meteoros, de cerca de 35 quilômetros por segundo, não favorece a formação de rastros persistentes.

 

"Diferentemente de outras chuvas de meteoros, que geralmente são associadas a cometas, as Geminídeas têm como objeto parental o asteroide 3200 Phaethon. Este corpo celeste, quando mais próximo ao Sol, ejeta grãos e partículas que ao longo das eras acabam por penetrar na atmosfera terrestre e produzem os belos rastros luminosos no céu. E, conforme as últimas pesquisas, a atividade desta chuva está aumentando a cada ano, tendo a perspectiva de atingir seu máximo em torno de 2050".

 

 

Como acontecem as chuvas de meteoros?

Segundo o Observatório Nacional, as chuvas de meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço. Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos.

 

Conforme os meteoroides caem em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um "rastro" brilhante. E quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, acontece a chuva de meteoros. "Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas ou asteroides".

 

Como observar?

O Observatório Nacional recomenda ir para locais com pouca poluição luminosa, direcionando o olhar para longe da Lua. Mesmo com o impacto da luminosidade lunar, é possível que meteoros mais brilhantes e bólidos sejam visíveis, especialmente nas primeiras horas da madrugada.

 

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"É importante esperar até que os olhos se adaptem à escuridão — cerca de 20 minutos são suficientes. Não é necessário o uso de telescópios ou binóculos. O ideal é deitar em uma cadeira de praia e sentir-se confortável para esperar que os meteoros apareçam", aconselha o Observatório Nacional.