Empresa VLI realiza sonho de crianças que querem ser maquinistas, com visita à cabine de locomotiva -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Empresa VLI realiza sonho de crianças que querem ser maquinistas, com visita à cabine de locomotiva

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

No Natal deste ano, o Papai Noel abandonou o tradicional trenó e abraçou as locomotivas. A magia natalina realizou o sonho de três crianças mineiras de conhecer os trens de perto, com direito a acionar buzina e sinos.

 

 

 

O momento foi proporcionado pela VLI Logística, empresa de integração em portos, ferrovias e terminais, na garagem de trens localizada no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (12/12).

 

 

“Era o meu sonho!”, exclamou Samuel, garoto de 8 anos morador de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e apaixonado por trens, depois de subir na cabine do maquinista de locomotiva pela primeira vez. Quando crescer, seu sonho é se tornar maquinista.

 

Ao Estado de Minas, a mãe de Samuel, Stephanie Souza, contou que o garoto sempre foi muito apaixonado por locomotivas. Ela decidiu entrar em contato com a empresa pelo Instagram e recebeu uma proposta de visita à sede três dias depois. “Eu nem acreditei quando eles me ligaram, quase pulei de surpresa”, contou a mãe.

 

Segundo ela, Samuel, que se encontra no espectro autista, havia pedido de presente uma visita à VLI e uma miniatura de uma locomotiva. Emocionada, Stephanie contou que ele pediu para “cancelar” a comemoração de Natal e aniversário, no final do mês, e só levá-lo a uma locomotiva. O Papai Noel, presente no momento, também proporcionou a realização de mais um sonho: deu a cada criança a miniatura de locomotiva da empresa.

 

Quem ganhou o presente não foi apenas o garoto, mas também a irmã mais nova, Elisa, de 3 anos. “Sempre que chamamos o Samuel para ver os trens, ela fala na hora: ‘Eu também quero ir, Samuel!’”.

 

 

A paixão, que começou com o garoto, se tornou uma tradição na família. A mãe, o marido e os filhos sempre estão seguindo as locomotivas. “A gente sai lá de Contagem e segue locomotivas até Betim, Mateus Leme, Juatuba… A gente vai pra todos os lados atrás dos trens. Era uma paixão dele e agora todo mundo lá de casa é apaixonado também”, contou.

 

Aprendizados

O caso é similar para Lara, garota de 5 anos, que também sonha em ser maquinista. “Eu tô apaixonada porque é a primeira vez que eu entro dentro do trem”, disse a pequena, que também tem o sonho de ser maquinista. Sentada no banco do motorista, ela brincava com os botões e acionava a buzina e o sino da locomotiva.

 

Durante a visita das crianças, a equipe da VLI explicou que o exterior das cabines tem grades para a segurança do maquinista, uma vez que já foi registrado episódio de quebra do vidro por pedras jogadas por pessoas que viam a locomotiva passar. “Hoje eu aprendi que não pode jogar pedra e aprendi a tocar o sino”, disse a pequena, enquanto testava o microfone da cabine.

 

Ela e a família moram perto de uma linha férrea no município de Betim, na Grande BH. Quem a acompanhou foi Caíque, seu primo de 11 anos. “Pensei que tinha botão até no teto, mas até que não tem. Mas eu aprendi que trem tem muito botão”, comentou a criança.

 

 

“Como o trem passa perto da minha casa, todo dia quando eu levava ela pra escola, o maquinista passava e dava tchau pra ela. Ela ficava dando tchau e ele buzinava. Aí teve um dia que eu peguei o trem parado lá e eu perguntei ao maquinista como que fazia pra visitar o trem. Ele falou comigo que eu poderia ir numa estação do Emburu Sul, mas só que lá não tinha como nos receber”, contou a mãe de Lara e tia de Caíque, Késia Pamela Rodrigues.

 

“Eu resolvi mandar mensagem pelo WhatsApp da VLI, aí lá eu consegui, eles me deram retorno falando de hoje, pra poder trazer. Ela [Lara] ficou muito feliz”, comentou. Késia contou que, assim como na família de Samuel, a paixão pelas máquinas se tornou uma emoção compartilhada. “Como o meu sobrinho também gosta, chamei ele também. Ele é apaixonado”, afirmou Késia.

 

Viagem longa para a realização de sonho

Outra criança que realizou o sonho foi Bryan, criança de 11 anos do espectro autista. Ele, que mora no município de Divino, na Zona da Mata mineira, apaixonou-se pelos trens apenas pelas telas, uma vez que a região onde mora não tem linha férrea. Para chegar na empresa, Bryan viajou 320 quilômetros, acompanhado da mãe e dos avós.

 

 

Tremendo de alegria, Gilsiane da Silva Pinheiro, mãe de Bryan, contou que, apesar da distância, a visita valeu a pena. “Foram umas cinco horas e meia de viagem, quase seis, mas valeu super a pena. O Bryan está super feliz, e eu também estou muito. Estou até tremendo de alegria porque é uma experiência muito incrível mesmo”, contou.

 

Segundo ela, Bryan estava tão animado que nem se alimentou direito, de tanta ansiedade. “Ele estava muito ansioso, não quis comer nada, só dizia 'quero andar no trem, quero buzinar'”, disse Gilsiane.

 

“Quando ele tinha um ano, ganhou um trenzinho de presente e, desde então, sempre foi apaixonado. Ele cresceu vendo vídeos no YouTube de trens e até a tela de bloqueio do celular dele é uma locomotiva da VLI. Ele não é só fã de trens, mas também da VLI”, contou.

 

Projeto em mais de 30 municípios

O projeto da empresa de levar uma experiência de locomotiva natalina com a presença do Papai Noel não somente abrange Belo Horizonte neste ano, como também percorre mais de 30 municípios mineiros. O trem natalino, que passou por Contagem e Betim nessa terça, está hoje em Bambuí, no Centro-Oeste.

 

Para a analista de relacionamento institucional da VLI, Suene Moraes, a intenção do projeto é realmente criar essas memórias afetivas, especialmente no período natalino. “O objetivo é criar memórias afetivas juntando duas paixões: o Natal e o trem natalino com o Papai Noel. Queremos proporcionar esse momento de encantamento. É a nossa forma de desejar um Feliz Natal para as comunidades onde a ferrovia corta”, comentou Suene.

 

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Ela conta que, para chegar às crianças, foi feita uma seleção por meio das cartinhas ao Papai Noel. “Chegam para gente cartinhas especiais, então é uma forma também de atender esse pedido, que a companhia entende, por meio do Bom Velhinho”, finalizou a analista de relacionamento.