Fotografar BH de cima é quase visitar a cidade pela primeira vez, mesmo sendo natural da capital mineira e repórter fotográfico que já rodou todas suas regiões por terra. Do alto, as formas geométricas de seus quarteirões, bem como a paisagem cercada pela Serra do Curral, morros e baixadas tomam outra dimensão e dão ainda mais sustentação ao nome da cidade.
Belo Horizonte por cima é impressionante. Suas formas têm ritmo, som e fúria. Mais que isto, o olhar aéreo sobre BH é a realização de uma visão, até então impossível: ter “asas” (hélices no caso) para mirar como só os pássaros têm o privilégio de fazer e ainda poder reportar em imagens tal espetáculo.
Registrar os ângulos de Belo Horizonte por cima é hábito que também está fazendo aniversário. Há um ano saí por aí “voando” enquanto cumpria as pautas do EM, pesquisando as possibilidades e investindo nesse ângulo diferenciado. Assim, naturalmente, nasceu a pauta “BH de cima”, agora publicada em comemoração aos 127 anos da cidade.
O resultado de pouco mais de 11 meses de voos por aí é a releitura de locais emblemáticos ora em visão panorâmica, ora literalmente retratados de cima, revelando em camadas e fatias as suas ruas e edificações, expondo características de uma metrópole que foi uma das primeiras cidades projetadas do Brasil mas que, como outras, cresce desordenadamente mesmo mantendo sua graça. Ver no espaço aéreo com a permissão tecnológica de um drone amplia as possibilidades de reportar a grandeza de nossa capital.