A futura instalação de pedágios na Linha Verde (MG-10) e na MG-424, que ligam Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional de Confins, à Serra do Cipó e a cidades como Lagoa Santa, Vespasiano, Pedro Leopoldo e Sete Lagoas, tem movimentado os moradores da Região Metropolitana. O projeto, anunciado em 11 de novembro pelo Governo de Minas, gerou mobilização e até a criação de um abaixo-assinado, entregue nesta sexta-feira (13/12) na Cidade Administrativa.
Em Vespasiano, a servidora pública Thaisinha Rocha criou o documento, que foi protocolado pela vereadora de Lagoa Santa, Sabrina Ribeiro dos Santos, com 9 mil assinaturas que refletem a indignação da população. A informação foi divulgada em vídeo publicado nas redes sociais da parlamentar. O principal descontentamento está relacionado ao custo adicional para trabalhadores que dependem do deslocamento diário por essas rodovias.
No mês passado, o governo anunciou a concessão das obras da Linha Verde e das rodovias do Vetor Norte, que incluem trechos das rodovias MG-010, MG-424 e LMG-800. O edital das rodovias inclui a construção de contornos viários nas cidades de Lagoa Santa, Matozinhos, na Grande BH, e em Prudente de Morais, na Região Central do estado. Outras novidades da concessão são a instalação de pedágios e a construção de 34 quilômetros de duplicações, faixas adicionais e terceiras faixas.
O planejamento é de que o leilão de concessão seja realizado no segundo trimestre de 2025. Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), o contrato estabelece cerca de R$ 3 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos e R$ 1,3 bilhão em serviços aos usuários, como atendimento médico de emergência e guincho.
Entre as diversas melhorias, o projeto prevê a construção de três contornos viários em Lagoa Santa, Prudente de Morais e Matozinhos, que somam mais de 31 quilômetros de novas rodovias com pistas duplicadas.
Em nota, a Seinfra disse que "ainda estão programadas importantes obras de ampliação de capacidade, como a implantação de 34,29 quilômetros de duplicações, faixas adicionais e terceiras faixas, além da construção de 105,8 quilômetros de acostamentos e da readequação de 9,8 quilômetros de vias marginais. Essas intervenções irão aumentar a capacidade viária das rodovias, que atualmente possuem 45% de pistas simples."
"O trecho contará com pórticos de pedágio sem cancela, no modelo free flow. O sistema de cobrança em livre passagem elimina a necessidade de paradas para pagamento de tarifas, proporcionando mais segurança e agilidade ao tráfego", prossegue. A localização dos pórticos pode ser consultada no Programa de Exploração Rodoviária (PER), disponível no link.