Homem foi preso após vítima de roubo identificar assaltante como 'homem, branco, alto, com camiseta branca e calça jeans' -  (crédito: Pixabay / Reprodução)

Polícia Militar foi acionada durante a festa e pais realizaram um boletim de ocorrência

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Pais de formandos do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Governador Milton Campos, o Estadual Central, registraram um boletim de ocorrências (BO) pelo descumprimento parcial do contrato para festa de formatura dos adolescentes, realizada nesse sábado (14/12). De acordo com os responsáveis pelos estudantes, a festa foi "um fiasco" e prejudicou os jovens que  faziam parte da comissão de formatura.

 

 

Conforme o boletim de ocorrência, realizado na madrugada de domingo (15), em meio a festa, o representante da empresa Rodrigues e Souto não solucionou as queixas feitas pelos convidados. De acordo com relatos, somente quando a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada é que o responsável pelo evento se manifestou e se colocou à disposição para resolver a situação.

 

 

"Tudo começou quando se deu o início da festa. Alguns relatos de convidados que já tinham chegado, falaram que as bebidas tinham começado a ser servidas muito tarde. Quando começaram a servir, as bebidas estavam vindo quentes. A mesa de alimentação estava sobreposta em lugar inadequado, debaixo do ar-condicionado e a qualidade estava péssima", desabafa Alexandre Aparecido dos Santos, pai de Rafael, que integrava a comissão.

 

O motorista conta que o filho se sentiu pressionado pelos convidados, uma vez que eles exigiam a solução dos problemas. Porém, as questões não poderiam ser resolvidas pelo adolescente de 17 anos, já que era de responsabilidade do organizador do evento.

 

 

Segundo Alexandre, a situação causou um grande constrangimento aos convidados e formandos que precisaram ir embora antes do horário previsto de término da festa porque, segundo os pais dos formandos, não havia comida e bebida suficiente para todos.

 

"Começaram a entregar nada daquilo que foi conversado, principalmente quando os formandos participaram da degustação. Salgados de qualidade inferior. Demora na entrega de uma simples água, fora as inúmeras vezes que os nossos filhos, como o Rafael, que foi o presidente da comissão, foram pressionados pelos convidados", diz Alexandre.

 

 

O pai do formando contou, ainda, que o contrato foi discutido em uma reunião on-line no início do ano e assinado em fevereiro. Os pais tinham medo de um possível calote devido a troca do CNPJ que a empresa havia realizado pouco tempo antes, mas diversos documentos foram apresentados para garantir a confiança dos responsáveis.

 

Agora, os pais esperam o ressarcimento total por parte da empresa.

 

 

Outro lado

 

Em entrevista ao Estado de Minas, o proprietário da empresa, Hyago Rodrigues, afirmou que, na visão dele, o serviço estava sendo prestado dentro do cronograma. “Pode ter havido uma falha externa. Um garçom, por exemplo, servir mais uma mesa do que outra. São coisas de logística que podem acontecer.”

 

Rodrigue alega ainda que quando  alguns pais de membros da comissão de formatura começaram a reclamar sobre a demora na entrega de comidas e bebidas, ele se prontificou a tentar resolver o problema.

 

 

“Quando fiquei a par da situação voltei para a cozinha e tentei resolver de alguma forma. Primeiro, tentei entender se realmente estaria acontecendo aquilo. O que eu estava vendo eram nossos garçons saindo com o material (comida e bebida) para ser distribuído no salão. Tentei ver se era possível acelerar ainda mais o processo de produção de alimentação. Até antecipamos o prato quente e os picolés, que seriam servidos mais para o fim da festa. Fizemos essas adequações de última hora, até para tentar solucionar”, relata.

 

Segundo Rodrigues, menos de 20 minutos após as reclamações feitas diretamente a ele, a Polícia Militar foi acionada. “Não foi depois que a Polícia Militar chegou que foi resolvido, como eles disseram. O tempo foi muito curto entre eles conversarem comigo e a Polícia Militar ser acionada”, afirma.

 

 

Ele explica que a entrega de chinelos aos convidados não tinha horário estipulado em contrato. “Recebi o questionamento de que os chinelos não teriam sido entregues e isso é até inverídico. Temos fotos da mesa do ‘Cantinho Mineiro’, dos chinelos sendo entregues. O último registro da festa foi feito às 5h30, então ficou gente até o fim da festa. Não estou dizendo que os pais estão agindo de má-fé ou falando coisas equivocadas, mas tentamos realmente entender se estava acontecendo alguma falha e tentamos solucionar o tempo todo.”

 

O proprietário destaca que, para o cerimonial, situações como esta são muito prejudiciais. “Não quero, como prestador de serviços, que o cerimonial preste um serviço ruim e ficar com o nome manchado no mercado. Isso, acho que nenhuma empresa quer. Até por isso, nos prontificamos a resolver ao máximo o que estava acontecendo.”

 

 

Ele diz ainda que, na segunda-feira (16/12), diante das reclamações no grupo de Whatsapp da turma, se desculpou por alguma falha que possa ter havido. “Sabemos que estamos mexendo com sonhos e não podemos agir de qualquer maneira. Mas se eles acharem que foram lesados de alguma forma e quiserem acionar a justiça, não queria que meu pedido de desculpas fosse para tentar remediar a situação.”

 

Rodrigues disse que se colocou à disposição para fazer uma reunião com os pais e alunos, mas até agora não foi procurado por eles.

 

Ainda segundo o empresário, os garçons relataram que alguns convidados elogiaram a festa o que o leva a acreditar que as reclamações possam ser pontuais. “Disseram que comeram muito bem, que (a festa) foi farta. Tive relatos de duas formas nessa festa. O que estava em contrato entregamos. Servimos mais de 2 mil salgados e mais de 400 doces. E, quando os relatos chegaram, tentamos de alguma forma solucionar,” reforça.

 

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Nota na íntegra:

 

A R & S Cerimonial informa que deu toda a devida atenção aos alunos do terceiro ano do ensino médio da E.E. Central desde o fechamento contratual e o baile de formatura realizado no último sábado (14) ocorreu dentro das disposições dos serviços contratados, ainda que com adequações de horários e demandas. Esta empresa segue ainda à disposição para reunião com os reclamantes para diálogo ou possíveis acordos, prezando por princípios éticos, colaborativos e de parcimônia. A R&S Cerimonial tem experiência de mercado e busca sempre o melhor atendimento para a realização de eventos e cerimônias e segue aberta ao diálogo desde o primeiro momento.