O Instituto Médico Legal (IML) de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, recebeu uma equipe de oito peritos que saíram em uma aeronave de Belo Horizonte para ajudar na identificação dos corpos das vítimas do acidente entre uma carreta e um ônibus que fazia a linha São Paulo/Vitória da Conquista (BA), na BR-116, na madrugada deste sábado (21/12).
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que todos os corpos serão levados para o IML de Belo Horizonte para exames e posterior liberação às famílias. Mais cedo, a informação era de que 13 corpos já haviam sido identificados e liberados. Outros 29 corpos e/ou fragmentos de corpos deveriam ser enviados para a capital, onde vão passar por identificação através de exames de DNA, em virtude da Não há prazo para essa identificação.
A PCMG ressaltou que "o total de óbitos só será definido após a identificação de todas as vítimas".
Em nota, o governo de Minas informou que a equipe multidisciplinar enviada para Teófilo Otoni tem experiência em desastres com múltiplas vítimas (DVI) e vai atuar no local para identificar e coletar vestígios que vão subsidiar a investigação.
Disse ainda que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) trabalha na identificação das vítimas, liberação dos corpos e também já está ouvindo testemunhas para esclarecer a dinâmica do acidente.
Devido ao grande número de vítimas, o IML de Teófilo Otoni não pode comportar os trabalhos de identificação de todos os corpos e, por isso, um caminhão frigorífico foi acionado.
Estado de saúde
Pelo menos 38 pessoas morreram no acidente, todos ocupantes do ônibus. Sendo 36 no local e duas no caminho para unidades de saúde ou no hospital.
Sete pessoas foram levadas para o Hospital Santa Rosália, entre elas dois menores, de 13 e 8 anos. Outras três foram encaminhadas para o Hospital Municipal de Urgências Raimundo Gobira e quatro para a UPA Municipal de Teófilo Otoni.
Até o momento, seis vítimas receberam alta: os dois sobreviventes internados no Hospital Raimundo Gobira e as quatro levadas para a UPA.
O acidente
O acidente ocorreu a 10 quilômetros da zona urbana de Teófilo Otoni, na altura do KM 286 da BR-116, no distrito de Lajinha, por volta das 3h30.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as "informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus, que seguia na rodovia, em sentido contrário".
Após o impacto da pedra contra o ônibus, o veículo de transporte de passageiros se incendiou e um automóvel Fiat Argo que vinha atrás também bateu na carreta, deixando os três ocupantes feridos com lesões consideradas graves.
No local, agentes da PRF levantaram a possibilidade de o semirreboque da carreta ter se desprendido e atingido o ônibus. O motorista do veículo de transporte de carga não foi encontrado pela polícia.
O veículo de transporte de passageiros pertence à Empresa de Transportes Macaubense LTDA (Emtram), uma empresa de Teófilo Otoni e seguia de São Paulo com a primeira parada em Jequié, na Bahia. Faltavam ainda 555 quilômetros para o transporte chegar ao seu destino, no Sudoeste da Bahia, região do Rio de Contas. Algumas passagens para Vitória da Conquista e Elísio Medrado também foram encontradas.
O Estado de Minas entrou em contato com a empresa, mas ainda não recebeu retorno.