Familiares das vítimas estão em Belo Horizonte para liberar os restos mortais no IML
       -  (crédito:  Tulio Santos/EM/D.A.Press)

Familiares das vítimas estão em Belo Horizonte para liberar os restos mortais no IML

crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press

O pai de Karine Boldrini, uma das vítimas do acidente da BR-116, na altura de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, se queixou nesta quarta-feira (25/12), por meio de uma carta, da demora na identificação e liberação dos corpos e cobrou o governo de Minas Gerais.

 

"Eu gostaria de falar sobre a demora que está tendo para a liberação dos corpos. Não só da minha filha, mas de todas as famílias que passam pelo mesmo problema. Eu acho que deveria ter mais apoio do governo, não só com palavras, mas com ações físicas para agilizar o processo", escreveu Clóvis Boldrini.

 

 

Entre as 41 vítimas do choque que envolveu um ônibus de passeio, um carro e uma carreta que chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte 15 foram identificadas, sendo que 14 já tiveram os corpos retirados por familiares e outros ainda passam por exames.

 

Boldrini indagou se o mesmo tivesse ocorrido com familiares de governantes, a identificação e liberação não seria de forma mais célere.

 

"Sei que a época não é favorável, mas se fosse um ente querido de algum governante será que o tratamento seria o mesmo?”, concluiu.

 

 

Karine Boldrini, de 39 anos, viajava para a Bahia junto de sua companheiro e do filho de 7 anos. Sem ferimentos, a criança sobreviveu ao acidente.

 

Em contato com o Estado de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que "está empenhada, de forma prioritária, na tarefa de identificação das vítimas oriundas do acidente na BR 116, em Teófilo Otoni, e consequentemente liberação dos corpos aos familiares", mas não deu informações sobre quanto tempo e nem o motivo da demora.