O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais encerrou, por volta das 9h deste domingo (29/12), as buscas por uma possível quarta vítima do desmoronamento de uma casa de dois andares localizada no bairro Paraíso, Região Leste de Belo Horizonte. O imóvel colapsou no início da tarde deste sábado e matou três pessoas.
Segundo a corporação, todo o perímetro foi avaliado novamente, mas não foi encontrado nenhum indício ou vestígio de que haja alguém sob os escombros.
Até o momento, a corporação encontrou os corpos de três mulheres em meio aos escombros. São elas: Meury Helena, Tânia Lúcia e Maria de Fátima – mãe, filha e cunhada, respectivamente. Uma quarta moradora, chamada Shirley, estava na porta da casa e conseguiu escapar.
No total, 30 militares do Corpo de Bombeiros estavam empenhados na busca, além de cães farejadores. Seis agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também estiveram na ocorrência. A Defesa Civil e a Polícia Militar foram acionadas.
Tragédia anunciada
A residência ficava localizada próxima a uma encosta onde está o Córrego dos Joões, que se conecta com o Córrego do Navio – um dos maiores da Região Leste – e deságua no Ribeirão Arrudas.
Segundo a Defesa Civil de BH, uma vistoria em julho de 2022 no local apontou trincas, rachaduras e infiltrações de longa data, havendo necessidade de intervenções técnicas urgentes para assegurar a estabilidade do imóvel.
Durante a noite de sexta-feira (28/12) e o começo da manhã de sábado, Belo Horizonte enfrentou fortes chuvas. Todas as regionais da cidade estão sob alerta de risco geológico até a próxima sexta-feira (3/1). A região Leste é a única que está sob risco moderado - todas as outras estão sob risco alto.
"A gente considera esse período de chuvas muito propício para este tipo de desastre. Hoje tinha um risco moderado de movimento de massas na cidade. Então, possivelmente, a gente atribui essa queda [da casa] à chuva", completou o tenente Marco Moura, do Corpo de Bombeiros.
Para segurança dos moradores, quatro imóveis ao redor da casa que desabou foram isolados de forma preventiva. Veja o que a Defesa Civil apurou nos imóveis vistoriados:
Imóvel nº 47: a área foi completamente isolada devido ao risco de colapso e desabamento de escombros.
Imóvel nº 180, Casa A: realizado o isolamento do porão, além da área de serviço, cozinha e copa localizadas no segundo pavimento.
Imóvel nº 180, Casa B: isolamento da área dos fundos e de cômodos situados próximos ao talude.
Imóvel nº 35: área dos fundos isolada em razão do risco de deslizamentos.
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