Já com luz do dia, o tamanho da tragédia: ônibus incendiado, carro destruído, a carreta por cima; acidente em Teófilo Otoni, na BR-116, foi trágico -  (crédito: CBMMG)

Já com luz do dia, o tamanho da tragédia: ônibus incendiado, carro destruído, a carreta por cima; acidente em Teófilo Otoni, na BR-116, foi trágico

crédito: CBMMG

Trinta e duas vítimas do acidente envolvendo uma carreta, um ônibus e um carro de passeio na BR-116, em Teófilo Otoni, na Região do Vale do Mucuri, já foram identificadas. A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta segunda-feira (30/12). O acidente aconteceu em 21 de dezembro. Ao menos, 39 pessoas morreram em acidente. 


Dos corpos identificados, 16 já foram retirados do Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, pelos familiares. Até o último sábado (28/12), 26 vítimas já haviam sido reconhecidas.


 

Conforme a corporação, por meio de nota, as quinze identidades mais recentes foram reconhecidas a partir de exames de DNA. Para isso, foram usadas amostras fornecidas pelos familiares.


“A PCMG reforça que o acolhimento aos familiares e os esclarecimentos sobre o processo de identificação e liberação dos corpos continuam a ser realizados pelo setor de assistência social do Instituto Médico Legal, pelo telefone (31) 3379-5059”. 


 

Investigação 


Na quinta-feira (26/12), a PC compareceu ao local da batida, que vitimou pelo menos 39 pessoas para colher informações. Para isso, foi usado um scanner 3D, equipamento que permite coletar imagens e, posteriormente, criar modelos de simulação da dinâmica do acidente.


O delegado de polícia Amaury Albuquerque destacou em coletiva de imprensa que ainda não é possível concluir o que de fato aconteceu, que as investigações seguem em andamento e não há prazo para conclusão do inquérito policial. 


A produção de provas leva, até o momento, a acreditar no sobrepeso da carga que a carreta comportava, mas eles explicaram que ainda é preciso analisar todo o conjunto probatório, afirmando ainda que nenhuma hipótese foi descartada.


 

Dúvida no número de vítimas

 

Ainda na coletiva do dia 26 de dezembro, a Polícia Civil esclareceu a divergência entre o número de mortos no acidente estipulado pela corporação e a Emtram, empresa responsável pelo ônibus envolvido no acidente. A dúvida foi explicada em coletiva de imprensa em Teófilo Otoni.


O perito criminal Felipe Dapieve explicou que a quantidade de 41 mortos é relativa ao número de sacos mortuários coletados no dia do acidente, 21 de dezembro. No entanto, ele ressalta que foi divulgado que havia 45 passageiros no ônibus, dos quais seis pessoas sobreviveram, o que resultaria em 39 mortos, como apontado pela empresa do ônibus.


Dapieve ainda destacou que, devido ao grau de carbonização dos corpos, é possível que tenha havido uma separação de uma mesma vítima em mais de um saco, mas isso só vai poder ser esclarecido com o fim da perícia.


O acidente 


Na madrugada do dia 21 de dezembro, um ônibus da empresa Emtram levava 45 passageiros de São Paulo para a Bahia quando colidiu com uma carreta que transportava um bloco de granito e vinha no sentido contrário. Um carro de passeio que vinha atrás bateu na traseira do caminhão.


A Polícia Civil havia informado que a principal hipótese para o acidente é que houve o tombamento do semirreboque da carreta que transportava um bloco de granito, o que levou o ônibus a bater de frente com a rocha, causando um incêndio. Em seguida, um automóvel de passeio bateu na carreta deixando os três ocupantes feridos.


 

Outra hipótese foi apresentada à Polícia Rodoviária Federal por Aldimar Ferreira Ribeiro, de 61 anos, que alega ser o condutor do caminhão que aparece em imagens de uma câmera de segurança segundos antes da colisão. Segundo ele, o ônibus estava em alta velocidade e o ultrapassou pouco antes do acidente.

 

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O motorista da carreta, que fugiu do local, alega que o pneu do coletivo estourou e a perda de controle do veículo causou o acidente. Ele se entregou à polícia na segunda-feira (23/12) na sede do 15º Departamento de Polícia Civil, em Teófilo Otoni, acompanhado de advogados e foi liberado em seguida. Segundo a defesa, o homem fugiu do local por ter entrado em estado de pânico após o acidente.