Subiu para 35 o número de corpos identificados das vítimas do acidente de trânsito ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, no último dia 21, segundo informações desta terça-feira (31/12), passadas pela Polícia Civil. Desse total, 20 corpos já foram retirados por parentes das vítimas.
A Polícia Civil mantém o serviço de acolhimento aos familiares e os esclarecimentos sobre o processo de identificação. A liberação dos corpos continua a ser realizada pelo setor de assistência social do Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Gameleira, em Belo Horizonte. Informações podem ser obtidas através do telefone (31) 3379-5059.
O acidente
Na madrugada do dia 21 de dezembro, um ônibus da empresa Emtram, que levava 45 passageiros de São Paulo para a Bahia, colidiu com uma carreta que transportava um bloco de granito e seguia no sentido contrário. Um carro de passeio que vinha atrás bateu na traseira do caminhão.
Na época, a Polícia Civil havia informado que a principal hipótese para o acidente é que houve o tombamento do semi reboque da carreta que transportava um bloco de granito, o que levou o ônibus a bater de frente com a rocha, causando um incêndio. Em seguida, um automóvel de passeio bateu na carreta deixando os três ocupantes feridos.
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Uma segunda hipótese foi apresentada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando o motorista da carreta, Aldimar Ferreira Ribeiro, de 61 anos, aparece em imagens de uma câmera de segurança segundos antes da colisão. Segundo ele, o ônibus estava em alta velocidade e o ultrapassou pouco antes do acidente.
O motorista da carreta, que fugiu do local, alega que o pneu do coletivo estourou e a perda de controle do veículo causou o acidente. O motorista se apresentou à polícia, no 15º Departamento de Polícia Civil, em Teófilo Otoni, dois dias depois do acidente. Ele estava acompanhado de advogados e foi liberado logo depois de prestar depoimento.
A defesa do motorista alegou que ele tinha fugido do local por ter entrado em estado de pânico após o acidente.
Investigações
Segundo o delegado Amaury Albuquerque, a Polícia Civil vem usando um equipamento 3D de última geração, que permite coletar imagens e, posteriormente, criar modelos de simulação da dinâmica do acidente.
O delegado destaca ainda que ainda não é possível concluir o que de fato aconteceu, mas as investigações seguem em andamento e não há prazo para conclusão do inquérito policial.
A teoria que prevalece no momento é que havia sobrepeso na carga que a carreta transportava. No entanto, segundo o delegado, ainda é preciso analisar todo o conjunto probatório. “Nenhuma hipótese está descartada”, conclui Amaury Albuquerque.
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