Um técnico de manutenção em elevadores morreu na queda do elevador da Justiça Federal, localizada no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (2/12). A vítima tinha 40 anos e estava no 17º andar enquanto realizava a manutenção no equipamento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o funcionário estava em cima do elevador no último andar do prédio. No entanto, este não é o primeiro acidente que ocorre em um prédio da Justiça Federal na capital mineira. Em julho deste ano, uma mulher de 40 anos teve parte do corpo prensado em um elevador no prédio localizado na Rua Álvares Cabral, no Bairro Lourdes, também na Região Centro-Sul.
Na ocasião, a vítima, uma servidora da Justiça Federal, foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada para o Hospital João XXIII com fratura exposta em uma das pernas. De acordo com um segurança do prédio, que preferiu não se identificar, a mulher teria ficado presa entre o teto da cabine e o piso do andar em que o elevador parou. Ele disse que tentou socorrê-la temendo que o equipamento descesse sobre a servidora.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, após uma pane no elevador a vítima tentou sair por uma fresta. Foi quando o equipamento se movimentou. Segundo um servidor da Justiça Federal, que preferiu não se identificar, seis pessoas estavam no elevador descendo para o térreo e subsolo, onde fica o estacionamento. Em um determinado momento, entre os andares, o elevador travou e a porta se abriu.
A vítima, então, tentou sair pelo vão quando o elevador se movimentou. O pé da mulher teria ficado prensado e ela gritava de dor. As equipes de segurança do prédio acionaram os bombeiros, que conseguiram abrir o elevador de forma manual. Segundo o servidor, a mulher agiu no impulso quando tentou saltar pela fresta do elevador.
Outros casos
O problema com elevadores em BH não é exclusivo do prédio da Justiça Federal. Em junho de 2024, um elevador do Edifício Mirafiori, na Rua dos Guajajaras, no Centro da capital, caiu devido à superlotação. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 22 pessoas estavam dentro do equipamento, cinco a mais do que a capacidade máxima, de 17 ocupantes. Oito pessoas foram atendidas depois do impacto, mas ninguém ficou ferido gravemente.
Como não é responsável pela vistoria ou manutenção de elevadores, o Corpo de Bombeiros não dispõe de registros específicos sobre a queda desses equipamentos, mas dispõe de dados sobre ocorrências atendidas pela corporação relacionadas aos aparelhos, em geral para a retirada de pessoas presas ou prensadas.
De acordo com o levantamento da corporação, entre junho de 2020 e 2024, os militares fizeram o salvamento de 2.431 pessoas presas e 49 prensadas em elevadores no estado. Apenas neste ano, a corporação registrou 361 ocorrências de pessoas presas e oito prensadas.
Em Belo Horizonte, de 2020 a junho de 2024, foram salvas 1.130 pessoas presas e sete prensadas em elevadores. Neste ano, foram 164 salvamentos de pessoas presas e dois de usuários prensados pelo equipamento.
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Em agosto deste ano, um homem morreu ao cair no fosso do elevador de um prédio em construção em Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce. O pedreiro, de 33 anos, despencou de uma altura de aproximadamente 20 metros. O prédio, na época em obras, fica localizado na Rua Juiz de Paz José de Lemos, no Bairro Vila Bretas, onde estava sendo construído o Fórum da Comarca de Governador Valadares do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).