O número de desabrigados após o deslizamento de uma pilha de rejeitos na mina Turmalina, em Conceição do Pará, no Centro-Oeste de Minas Gerais subiu para 134 neste domingo (8/12). O acidente, ocorrido no último sábado (7/12), causou o soterramento de casas e a interdição de 21 residências no povoado de Casquilho, comunidade vizinha ao complexo minerador.

 

Cinco das casas interditadas foram diretamente afetadas, mas ainda não há detalhes sobre a gravidade dos danos. Inicialmente, foi informado que apenas uma residência e um posto de combustíveis haviam sido atingidos.

 

A mineradora canadense Jaguar, responsável pela mina, informou que as famílias foram realocadas temporariamente em hotéis da região. Algumas, no entanto, optaram por buscar abrigo na casa de parentes. A Defesa Civil informou que ainda não possui o número exato de pessoas desalojadas. O total de afetados segue em apuração, com os dados sendo continuamente atualizados.

 



 

Imagens aéreas captadas por um cinegrafista local e compartilhadas com o Estado de Minas revelam a extensão dos danos na área, com ruas cobertas por rejeitos e residências destruídas. Nos registros, é possível perceber que há uma movimentação de terra próximo às casas e observar a destruição provocada nas residências atingidas pelos rejeitos de mineração.

 

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, a evacuação completa da comunidade foi realizada ainda na manhã de sábado e os militares têm trabalhado em ações específicas para auxiliar os moradores a retirarem pertences essenciais das casas.

 

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A Defesa Civil de Conceição do Pará reforçou um apelo para que a população não retorne ao local sem autorização oficial e destacou os riscos de novos deslizamentos. Agentes monitoram a situação junto a outros órgãos.

 

 

Outro lado


 

A Jaguar Mining informou, por nota, nesta segunda-feira (9/12) que foi criado um Comando Unificado de Operações com o objetivo de reduzir os impactos causados pelo deslocamento da pilha de rejeitos/estéril na Unidade Turmalina. O grupo é formado por membros da empresa, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, das Defesas Civis Municipal e Estadual e por representantes da Prefeitura de Conceição do Pará.

 


Segundo a mineradora, os moradores do povoado Casquilho de Cima, que precisaram sair de suas casas, foram instalados em hotéis da região e estão sendo acompanhados pela empresa. A Jaguar informa que 191 animais do povoado foram registrados - destes, 148 foram devolvidos a seus tutores, quatro foram levados para clínica veterinária, e 39 permanecem no campo por motivo de segurança. "A Jaguar Mining lamenta profundamente o ocorrido e segue prestando assistência à comunidade", finaliza a nota.

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