Um influenciador digital de 26 anos foi preso suspeito de promover jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal. O homem foi detido durante a segunda fase da operação Vermelho 27, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nessa terça-feira (10/12) em Belo Horizonte. O nome do suspeito não foi divulgado.

 




Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo avaliados em aproximadamente R$ 1,5 milhão. As investigações, que começaram em agosto deste ano, apontaram que o influencer movimentava valores ilícitos utilizando roletas virtuais. 


O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, e os materiais apreendidos passarão por perícia técnica. A PCMG vai seguir apurando a participação de outros envolvidos.

 

Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo avaliados em aproximadamente R$ 1,5 milhão

PCMG


Primeira fase


Na primeira fase da operação Vermelho 27, em 30 de setembro deste ano, o influenciador digital "Gebê" foi preso. Ele foi detido preventivamente em um condomínio de luxo, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O homem é investigado pelos crimes de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

 

 

Durante a ação, foram apreendidos dois veículos de luxo, avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores. Segundo as investigações, o suspeito promovia roletas e jogos de azar virtuais e faturava aproximadamente R$ 1 milhão por mês com o esquema. Ele estava sendo acompanhado desde maio deste ano.


De acordo com o delegado Magno Machado, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, o suspeito publicou vídeos nas redes sociais confessando a lavagem de dinheiro. "Temos vídeos dele contando dinheiro, e um interlocutor perguntando o que ele estava fazendo. Ele responde que possui uma lavanderia para lavar dinheiro", contou o delegado.



Influencers e jogos de azar

Na época da prisão realizada na primeira fase da operação, o delegado Magno Machado afirmou que os influenciadores digitais atuam como "garotos-propaganda" de plataformas de jogos, geralmente hospedadas no exterior. "Essas plataformas firmam contratos com os influencers e pagam comissões baseadas nas perdas dos jogadores. Quanto mais os apostadores perdem, mais o influenciador ganha", explicou o delegado.


A ostentação de um estilo de vida luxuoso se tornou rotina para influenciadores alvo de operações das forças de segurança pública, que visam coibir a divulgação de jogos de azar. 

 

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Em agosto, outro influenciador da capital foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte. Nélio Dgrazi, que tem 1,3 milhão de seguidores no Instagram, foi um dos suspeitos investigados pela Polícia Civil do Paraná. Na época, as ordens judiciais foram executadas simultaneamente em Rio Branco, no Paraná; em Itapema e Balneário Camboriú, em Santa Catarina; e na capital mineira. Entre os materiais, os agentes apreenderam joias, objetos de grife e veículos.

 





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