Durante a campanha de vacinação, que se iniciou em novembro, Belo Horizonte estava com os estoques do imunizante contra COVID-19 zerados. Nessa terça-feira (17/12), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) recebeu 21.150 doses do imunizante produzidos pelo Instituto Serum.

 




Todas as pessoas acima de 12 anos e que fazem parte dos públicos prioritários (grupos especiais), definidos pelo Ministério da Saúde, poderão receber o imunizante a partir desta quarta-feira (18/12). As aplicações serão realizadas nos 153 centros de saúde e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante.


A necessidade de mais doses será avaliada pela Secretaria Municipal de Saúde. A pasta também divulgou nesta quarta-feira as mudanças no protocolo de imunização da COVID-19. A população em geral que recebeu uma dose já é considerada imunizada contra o vírus. Funcionários da área da saúde e idosos devem tomar a vacina anualmente, gestantes devem tomar uma dose a cada gestação e pessoas com imunossupressão devem tomar a vacina duas vezes por ano.

 

 

Baixa adesão 

Apesar dos esforços para divulgar a campanha de vacinação em Belo Horizonte, a cobertura de várias doenças ficou abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Nesta quarta-feira (18/12), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou as ações previstas para 2025 para a área. 


“A gente vem enfrentando uma situação nacional de baixa cobertura vacinal por vários motivos, as fakenews e a questão da pandemia, por exemplo, afetaram muito. Estamos em um trabalho incessante de busca de retomar essa cobertura para que BH volte a ser uma cidade modelo em que a gente tenha a cobertura vacinal ideal e recomendada pelo Ministério da Saúde”, afirmou Thaysa Drummond, subsecretária de promoção e Vigilância à saúde.


 

Entre as vacinas com baixa adesão, a coqueluche preocupa a secretaria. Segundo o Ministério da Saúde, a meta da cobertura vacinal é acima de 90%, mas em BH está em torno de 70%.


“Situações como esta possibilitam que doenças que a gente às vezes nem ouvia falar e nem tinha tantos casos voltem com número expressivo. Foram quase 300 casos (de coqueluche) em BH em 2024. Então fica aqui o chamamento e a importância de levar as crianças e as gestantes para vacinar”, alerta Drummond.


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A subsecretaria informou, também, que não há previsão de regularização para o abastecimento da vacina contra varicela. Segundo ela, o Governo Federal enfrenta problemas com o fornecedor, que não está dando conta da demanda.

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