Um músico de Belo Horizonte viralizou depois de contar nas redes sociais como convenceu um motoboy a devolver um relógio, avaliado em R$ 1,5 mil, furtado durante uma corrida. O caso aconteceu na última sexta-feira (13/12) e, somente no TikTok, o vídeo publicado pela vítima, Guilherme Barros, já ultrapassa 650 mil visualizações. Em seu perfil no Instagram, há mais de 206 mil reproduções.

 

@o.guibarros

 

? som original - Guilherme Barros


O músico explicou que o relógio estava em sua casa, mas pertencia a um amigo, que pediu a devolução por meio de um aplicativo de entregas. Durante o processo de embalagem do objeto, Guilherme acabou se atrasando e avisou por mensagem ao motociclista que estava descendo no elevador. Ele, então, entregou o pacote ao motociclista e compartilhou o trajeto com o amigo. Porém, pouco depois, a corrida foi cancelada, momento em que Guilherme se deu conta do furto.

 



 

“Eu tentei notificar na 99, só que, inacreditavelmente, não consegui porque a corrida foi cancelada. Eu não conseguia reportar um furto de uma corrida cancelada”, explicou. A partir daí, ele decidiu comunicar o crime ao solicitar outra corrida, deixando claro na mensagem que o novo motorista não tinha envolvimento.

 

Guilherme, então, se lembrou de duas coisas: do chat iniciado com o motociclista para avisar que estava no elevador e também do link que havia encaminhado ao amigo, compartilhando a corrida, no qual obteve o nome completo do motociclista e a placa da moto.

 

 

Em seguida, o músico mandou uma mensagem para ele. “Vai me roubar na cara dura?”, escreveu. O homem, no entanto, visualizou e não respondeu. Ao citar o retorno da 99, que disse que ajudaria na investigação ao fornecer dados à polícia, o motociclista alegou estar falando de uma conta “comprada”, demonstrando, assim, não se preocupar.

 

Vítima descobre endereço do motociclista

 

Porém, Guilherme resolveu fazer uma busca no Google e achou um Microempreendedor Individual (MEI) cadastrado com o nome do motociclista em um dos inúmeros sites que vazam dados de pessoas jurídicas (CNPJ). Nesse portal, o músico identificou que "serviço de entrega rápida" constava como "atividade secundária" do MEI registrado. Ele ainda visualizou o endereço completo do motociclista, que mora em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e voltou a abordá-lo por mensagens.

 

"Estou com absolutamente todos os seus dados. Vou te dar a chance de largar isso pra lá e me devolver, porque para a polícia bater em Vespasiano vai ser moleza", escreveu. Percebendo que o jogo tinha virado, o motociclista deu uma série de desculpas, voltou ao prédio da vítima e deixou o relógio na portaria.

 

Repercussão nas redes

 

Além do trabalho investigativo, que resultou na descoberta até da cidade onde o ladrão mora, internautas ressaltaram a apresentação de provas e a destreza de Guilherme para narrar todo o ocorrido.

 

"Merece o prêmio de melhor história do ano! Contou tudo com emoção, sem enrolação, ótima música de fundo e apresentou imagens e provas", publicou um perfil. "Muito boa didática", avaliou outro. "Moral da história: não mande entregar nada por aplicativo", refletiu uma seguidora.

 

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A reportagem entrou em contato com a assessoria da 99, mas o retorno não havia ocorrido até o fechamento desta publicação. O espaço permanece aberto para manifestações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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