O Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte enviou para Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, uma aeronave com uma equipe de profissionais para auxiliar na identificação de 25 corpos carbonizados dos 38 mortos no desastre entre uma carreta e um ônibus que fazia a linha São Paulo/Vitória da Conquista (BA), na BR-116, na madrugada deste sábado (21/12).

 

 

De acordo com informações do IML local, a 444 quilômetros da capital, 36 pessoas morreram instantaneamente no acidente e outras duas não resistiram aos atendimentos hospitalares.

 



 

Devido ao grande número de vítimas, o IML de Teófilo Otoni não pode comportar os trabalhos de identificação de todos os corpos e, por isso, um caminhão frigorífico foi acionado. Sete corpos já foram identificados e liberados até o início desta tarde.

 

 

O acidente ocorreu a 10 quilômetros da zona urbana de Teófilo Otoni, na altura do KM 286 da BR-116, no distrito de Lajinha, por volta das 3h30. Outras 13 pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, Hospital Raimundo Gobira e Hospital Santa Rosália.

 

 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as "informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus, que seguia na rodovia, em sentido contrário".

 


Após o impacto da pedra contra o ônibus, o veículo de transporte de passageiros se incendiou e um automóvel Fiat Argo que vinha atrás também bateu na carreta, deixando os três ocupantes feridos com lesões consideradas graves.

 

Infografia mostra a dinâmica do acidente na BR-116, em Teófilo Otoni

Soraia Piva

 

No local, agentes da PRF levantaram a possibilidade de o semirreboque da carreta ter se desprendido e atingido o ônibus. O motorista do veículo de transporte de carga não foi encontrado pela polícia.

 

 

O veículo de transporte de passageiros pertence à empresa Entram e seguia de São Paulo com a primeira parada em Jequié, na Bahia. Faltavam ainda 555 quilômetros para o transporte chegar ao seu destino, no Sudoeste da Bahia, região do Rio de Contas. Algumas passagens para Vitória da Conquista e Elísio Medrado também foram encontradas.


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Os destroços do veículo de passageiros se espalharam pelo asfalto e nos acostamentos, entre eles assentos dos passageiros, roupas, cobertores, travesseiros e fragmentos das bagagens.

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