A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou orientações às famílias para o processo de identificação das vítimas do acidente na BR-116, que resultou na morte de 39 passageiros e do motorista. O processo poderá ser feito por meio de papiloscopia (impressões digitais), DNA e odontologia/antropologia.

 

O acidente aconteceu na altura do distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, na região mineira do Vale do Mucuri, envolvendo um carro, uma carreta e o coletivo, que fazia a linha São Paulo/Elísio Medrado (BA). Uma câmera às margens da rodovia gravou o momento do acidente. Veja:

 

 

A coleta de material genético de familiares das vítimas pode ser realizada em qualquer Posto Médico-Legal (PML) da Polícia Civil de Minas Gerais ou no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte (IML-BH).

 

 

Para familiares que residem em outros estados, é possível realizar a coleta em unidades periciais oficiais locais, sem necessidade de deslocamento. O material será enviado para análise em Minas Gerais, garantindo a mesma prioridade no processo de identificação.

 



 

 

 

Infografia mostra a dinâmica do acidente na BR-116, em Teófilo Otoni

Soraia Piva

 

Ordem de prioridade para a coleta de DNA

 

1 - Genitores (mãe e/ou pai);

2 - Filhos ou filhas (um ou mais);

3 - Irmãos (no mínimo dois, caso não haja genitores ou filhos disponíveis);

4 - Amostras de uso pessoal da vítima (como escova de dente, óculos, bonés ou outros objetos de uso exclusivo da vítima).

 

Documentos que podem agilizar a identificação

 

  • Radiografias, tomografias e outros exames médicos de imagem (acompanhados de laudos e imagens);
  • Fotos que evidenciem o sorriso, mostrando os dentes;
  • Exames, documentação e moldes odontológicos;
  • Fotos que evidenciem tatuagens;
  • Documentação médica relacionada à presença de órteses e próteses;
  • Documentos de identificação que contenham impressões digitais (como carteira de identidade, passaporte ou carteira de trabalho).

 

Os documentos listados podem ser digitalizados e enviados para o e-mail datiloscopia.iml@policiacivil.mg.gov.br. Em Minas Gerais, os familiares devem procurar a Delegacia Regional da Polícia Civil mais próxima para o início do procedimento. Posteriormente, serão encaminhados ao Posto Médico-Legal (PML) responsável ou ao IML. Para dúvidas ou mais informações, entre em contato com o Serviço Social do IML-BH pelo telefone (31) 3379-5059.

 

O acidente

 

A princípio, de acordo com informações do IML local, a 444 quilômetros da capital, 36 pessoas morreram instantaneamente no acidente e outras duas tiveram as mortes confirmadas após atendimentos hospitalares, totalizando 38 óbitos. A empresa de ônibus, porém, retificou esse número ao informar os nomes de 39 mortos. Quatro estão internados e dois tiveram alta. Contando com o motorista, um dos que morreram, o coletivo tinha 45 ocupantes.

 

 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as "informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus, que seguia na rodovia, em sentido contrário".

 

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Após o impacto da pedra contra o ônibus, o veículo de transporte de passageiros se incendiou e um automóvel Fiat Argo que vinha atrás também bateu na carreta, deixando os três ocupantes feridos com lesões consideradas graves. O motorista da carreta fugiu. 

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