A Polícia Civil de Minas Gerais recebeu na madrugada deste domingo (22/12) 41 corpos de vítimas do desastre entre um ônibus, uma carreta e um carro, na altura do KM286 da BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri (MG). O Instituto Médico Legal (IML) recebeu reforços na equipe para dar conta do trabalho, que será longo e demorado.

 

 

A informação foi divulgada em entrevista coletiva dos órgãos do governo de Minas Gerais na manhã deste domingo. Os corpos que elevaram o número de vítimas de 39 (ontem) para 41 (hoje) ainda não têm identificação e as autoridades não souberam dizer com certeza que se tratam de passageiros e motorista do ônibus de viagem.

 

As forças policiais continuam a procurar o motorista da carreta que está com o direito de dirigir suspenso e encontra-se desaparecido. O motorista foragido não foi identificado oficialmente e ainda encontra-se em situação de flagrante criminal, podendo ser preso a qualquer momento.

 

“A polícia imediatamente abordou ônibus e veículos nas divisas com os estados da Bahia e do Espírito Santo para localizar o condutor e seguimos com essas diligências. Fazemos até mesmo um apelo para que ele se entregue e possa dar um fim a essas buscas”, disse o tenente-coronel Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar.

 

 

A Polícia Civil também tomou outras providências e já solicitou à Justiça um mandado de prisão para o motorista da carreta. “Foi verificado pela equipe da delegacia de Teófilo Otoni que as notas fiscais indicavam que as pedras de granito transportadas pela carreta excediam o peso permitido. Esses indícios somados ao fato de o condutor estar com o seu direito de dirigir suspenso por possivelmente fazer uso de álcool só reforçam a responsabilização do motorista”, disse o delegado e porta-voz da Polícia Civil de Minas, Saulo Castro.

 



 

De acordo com o delegado, a hipótese mais provável para o acidente é a de que ocorreu o tombamento do semirreboque que transportava o bloco de granito e que o ônibus com 45 ocupantes tenha atingido a rocha em cheio, se incendiando depois. “Essa é a situação mais provável, mas todas as informações, imagens e relatos de feridos estão sendo colhidos. A informação inicial das testemunhas feridas no carro de passeio eram de que o pneu do ônibus teria estourado”, conta o policial civil.

 

Uma câmera às margens da rodovia registrou o momento da colisão e a explosão. Veja:

 

 

A Polícia Civil está orientando os familiares sobre como será o processo de reconhecimento dos corpos. Parentes devem levar documentos e imagens de exames médicos, como de arcada dentária, para ajudar na identificação. Material genético para exame de DNA vai ser recolhido pelos médicos.

 

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

Os corpos das vítimas começaram a chegar ao IML de Belo Horizonte na madrugada deste domingo.

 

compartilhe