Proprietária do ônibus que se envolveu em um desastre na BR-116 com uma carreta e um carro, a empresa Emtram sustenta que sua listagem tem 39 mortos e seis feridos, todos ocupantes do veículo de passageiros e que já tiveram os parentes contactados. A informação contraria o que foi divulgado neste domingo (22/12) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), de que 41 corpos chegaram em um caminhão frigorífico ao Instituto Médico-Legal (IML), de BH.

 

 


Uma das especulações que tem sido feitas é a de que devido ao estado de avançada carbonização dos cadáveres e às mutilações nos corpos em decorrência do impacto do acidente, os restos mortais tenham sido misturados e separados em 41 sacos mortuários, que foram encaminhados diretamente do IML de Teófilo Otoni para Belo Horizonte.

 



 


"Os 41 corpos deram entrada no IML, sendo que 12 já passaram por um processo de identificação e dois estão já em processo de liberação para as famílias. O restante dos corpos, muitos estão em avançado estado de carbonização e essa análise toda vai ser feita aqui (no IML) pela equipe da antropologia", disse o perito criminal Felipe Dapieve, representante da PCMG, em entrevista coletiva no fim da manhã de domingo. Ao ser novamente questionado sobre o número, o policial conformou que 41 corpos chegaram de Teófilo otoni para o IML de BH.

 

Questionada pelo EM sobre a divergência nos números, a PCMG respondeu que "todos os corpos já estão no IML de Belo Horizonte. Quarenta e um corpos deram entrada, sendo 11 já identificados, com dois em processo de liberação para os familiares. Porém, ainda está sendo checado se todos os corpos são de vítimas que estavam no ônibus".

 

"As informações iniciais são de que o ônibus transportava 45 pessoas, havia outras três pessoas no veículo de passeio, além do motorista do bitrem (dados em verificação constante). A PCMG trabalha com celeridade para identificação dos corpos. Ainda não é possível precisar quanto tempo esse processo levará, já que os veículos foram totalmente ou parcialmente carbonizados", informou.

 


Chegou-se a ventilar também que bebês de colo poderiam não ter sido contabilizados, mas como outros bebês entraram na listagem divulgada e por ser também uma viagem longa demais, essa hipótese não ganhou muita aderência na empresa e no IML de Teófilo Otoni, onde a informação era de 39 vítimas.


A possibilidade de passageiros terem pegado carona seria ainda mais remota, uma vez que não há relatos dos sobreviventes que indiquem tal procedimento, que seria irregular.

 


Uma boa notícia é a de que uma criança de 8 anos recebeu alta médica e já está com seu pai. "A Emtram informa a alta hospitalar de mais uma pessoa, totalizando três altas até o momento, sendo que três passageiros continuam hospitalizados. A empresa segue dando todo apoio às famílias das 39 vítimas que vieram a óbito, providenciando o deslocamento de alguns familiares que desejaram acompanhar os corpos que foram transferidos", informa a empresa.

 


A empresa esclarece que o reconhecimento do material genético deverá ser feita em uma unidade pericial em qualquer localidade segundo a Polícia Civil de Minas Gerais e pelo IML-BH, mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3379-5059.

 


Segundo a empresa, não são medidos esforços para dar suporte às vítimas e seus familiares, dos mais próximos aos mais distantes. "No dia de ontem fez uma força-tarefa e concluiu até fim do dia o contato com todos os familiares para dar um parecer sobre os passageiros Quanto às causas do acidente, a empresa aguarda os laudos das autoridades competentes, que indicarão os responsáveis, onde o ônibus foi atingido por um bloco de granito e incendiou anexo ao caminhão, causando a tragédia".


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"A Emtram reitera que o veículo de passageiros estava com a documentação regularizada, manutenção em dia, pneus novos, velocidade compatível com o local e número de passageiros adequado, dados que serão confirmados pela perícia. A previsão para conclusão dos laudos da PRF e Polícia Civil é de aproximadamente 10 dias", informou a empresa.

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