A Catedral Cristo Rei, no Bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte, recebeu muitos fiéis para a missa que inaugurou a celebração do Natal na Arquidiocese da capital, celebrada pelo arcebispo metropolitano de BH dom Walmor Oliveira de Azevedo, neste dia 24.

 

Em sua homilia, dom Walmor lembrou que nesta noite de Natal, o Papa Francisco abriu oficialmente o Ano Jubilar da Esperança, “quando todos são chamados a buscar a reconciliação com Deus, com o semelhante e com a natureza. “Somos necessitados de reconciliação porque somos pecadores”.

 

Conforme o Arcebispo, o Ano Jubilar “pode ajudar-nos a ser, ainda mais, autênticos cristãos. Que ele seja fecundo em cada casa, na Arquidiocese de Belo Horizonte e no mundo inteiro. Este é o nosso caminho: peregrinos de esperança”.

 



 

Dom Walmor lembrou que o mundo pede muitas mudanças, para superar situações de injustiça. Mas que para alcançar as transformações necessárias, não são suficientes a inteligência e as aptidões humanas. “É imprescindível um coração reconciliado com Deus e com o semelhante. Esta é uma noite santa, de alegria e esperança. O nascimento de Cristo nos convida a renovar o compromisso com a vida, em nossas circunstâncias sociais, humanas e existenciais. Precisamos confiar incondicionalmente na graça de Deus, que nos liberta do peso do pecado e nos abre a novos caminhos. O Natal é um chamado à conversão, à confiança e à abertura para o amor de Deus que chegou entre nós. Jesus entra na história da humanidade de modo desconcertante e simples. É graça de Deus, revelando que o Pai não faz acepção de pessoas. Vem ao nosso encontro. Esta noite santa é de alegria, de cultivar esperança, de assumir compromisso novo com a vida, a partir da graça de Deus".

 


Partilha de refeições e brinquedos

Nesta terça-feira, mais de 300 refeições preparadas na Catedral Cristo Rei foram partilhadas com famílias que enfrentam a ameaça da fome. As crianças ainda foram presenteadas com brinquedos. Um trabalho solidário que levou alegria aos pequeninos.

 

 

“Dai-lhes vos mesmos de comer”. A resposta de Jesus aos seus discípulos narrada no Evangelho (Marcos 6,34-44) inspirou a ação solidária criada em fevereiro de 2021, na Catedral Cristo Rei – Igreja-Mãe da Arquidiocese de BH. Refeições são preparadas semanalmente, por voluntários, na cozinha do Convivium Cristo Rei. As refeições são balanceadas com alto valor nutritivo, legumes, carboidratos e proteínas, temperadas com afeto e ervas frescas cultivadas na própria horta da Catedral Cristo Rei.

 

 

Centenas de fiéis acompanharam a cerimônia na Catedral Cristo Rei, na Região Norte de BH

Arquidiocese de BH/Divulgação

 

Ano Jubilar da Esperança

Inaugurado oficialmente pelo Papa Francisco nesta noite de Natal, o Ano Jubilar da Esperança começa a ser vivido em todo o planeta a partir do próximo domingo, 29 de dezembro. Na Arquidiocese de Belo Horizonte, a solene abertura será na Catedral Cristo Rei, às 10h30.

 

O Ano Jubilar 2025, com o tema “Peregrinos da Esperança”, foi convocado pelo Papa Francisco, a partir da bula “Spes non confundit” (A esperança não confunde). É um Jubileu vivido em todo o mundo, momento especial de renovação espiritual e celebração da misericórdia divina.

 

Os fiéis são chamados a refletir sobre o valor da esperança em um mundo marcado por desafios e incertezas, e a fazer uma peregrinação – jornada interior em busca de renovação e encontro com Deus. O Jubileu da Esperança também incentiva a reconciliação, a conversão pessoal e a solidariedade, promovendo a paz e o perdão, enquanto os peregrinos são convidados a testemunhar a fé com esperança ativa e renovada.

 

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A primeira referência a um Ano Jubilar está na própria Bíblia: o Ano Jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos (cf. Lv 25,8-13). Foi proposto para auxiliar a humanidade a restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a Criação. O Papa Bonifácio VIII, em 1300, proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus transforma o ser humano.

 

A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25, em 1470, com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933, Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e, em 2015, o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia.

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