O policial militar reformado, de 77 anos, flagrado em vídeo atirando à queima-roupa contra um vizinho, de 61, em Contagem, na Região na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está preso no 66º Batalhão de Polícia Militar, em Betim, segundo informado pela defesa dele à reportagem. O crime aconteceu na última segunda-feira (23/12). Na ocasião, o militar foi conduzido pela PM à delegacia da Polícia Civil, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Ao Estado de Minas, o advogado Wellington da Silva Rosa declarou que o policial reformado “é acometido de grave doença psiquiátrica”. “Ele tem relapsos de memória e apresenta falas desconexas, além de mania de perseguição. Por essa razão, ele tinha o hábito de andar armado”, disse.
O advogado, no entanto, alegou que não procede a versão dos familiares de que seu cliente costumava ameaçar outras pessoas na região. A defesa, agora, tenta revogar a prisão preventiva por meio de habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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Imagens registradas por meio de uma câmera de monitoramento em uma rua do Bairro Novo Riacho mostram a vítima se ajoelhando — a princípio, a pedido do agressor — e levantando as mãos segundos antes de levar um tiro do militar, que fugiu, mas acabou preso pela Polícia Militar a dois quarteirões do local do crime.
Motivação
Questionado pela polícia, o homem confessou ter atirado e alegou que o motivo está relacionado com uma “situação que o incomodava há tempos”. A arma dele foi apreendida. O boletim de ocorrência não traz outros detalhes. A defesa do policial reformado, apesar de questionada, não apresentou versão sobre o teor da discussão que antecedeu à tentativa de homicídio.
Vítima está no CTI, mas não corre risco de morte
A vítima foi levada com ferimento na região dos olhos para o Hospital Municipal de Contagem. Procurada pelo EM nesta quinta-feira (26/12), a assessoria da unidade de saúde informou que o homem não corre risco de morte. “O paciente segue internado em leito de terapia intensiva (CTI), apresentando boa evolução clínica e com possibilidade de alta para um leito de enfermaria em breve”, explicou.
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A reportagem não conseguiu localizar a defesa da vítima ou seus familiares para comentar o caso. O espaço segue aberto para manifestações.