Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), denominada Olhos d'Águia, foi deflagrada nesta sexta-feira (27/12) para cumprir três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão relacionados ao triplo homicídio ocorrido no dia 4 de novembro em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas. Entre as vítimas, um jovem de 20 anos, sem antecedentes criminais, foi morto por engano, alvo de um ataque destinado a um grupo rival.
 
As investigações apontaram que os homicídios foram motivados por uma disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas no bairro Olhos d’Água, em Belo Horizonte. De acordo com a polícia, o crime foi planejado como vingança pela morte de um líder de facção rival, ocorrida em 29 de outubro.
 
Os suspeitos presos, de 21 e 23 anos, teriam viajado de Belo Horizonte a Itaúna, acompanhados de outros dois comparsas, com o objetivo de executar o plano. Eles utilizaram três veículos e uma motocicleta para chegar ao local, onde realizaram os disparos com pistolas calibre 9mm, atingindo três homens.
 


 

Vítima inocente

Dos três homens mortos, dois tinham 20 e 25 anos e seriam ligados ao grupo criminoso rival. O de 20 anos era morador de Itaúna, tinha registros por lesão corporal e ameaça, enquanto o outro, de 25, possuía histórico de tráfico de drogas, roubo, ameaça e desobediência. Ele não era residente na cidade e tinha seu último endereço registrado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
 
Já a terceira vítima, de 20 anos, não tinha envolvimento com a disputa e foi atingida fatalmente por engano. A polícia destaca que o jovem não possuía antecedentes criminais e estava no local por coincidência.
 

Prisão e materiais apreendidos

A operação resultou na prisão de dois suspeitos e na apreensão de R$ 5.450 em espécie e cinco celulares. Um dos detidos foi autuado também pelo crime de receptação após ser flagrado com um aparelho furtado. O terceiro suspeito, de 27 anos, permanece foragido.
 
 
Um dos veículos utilizados no crime, clonado, foi encontrado abandonado em uma estrada vicinal de Itaúna, enquanto os demais deram suporte logístico à ação criminosa.
 
O delegado João Marcos Ferreira, responsável pelo caso, explicou que a prisão temporária, válida inicialmente por 30 dias, permitirá a análise dos materiais apreendidos e a busca pelo foragido. "O objetivo é aprofundar as investigações e trazer à Justiça todos os envolvidos", afirmou.
 
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Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça. As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Homicídios em Itaúna, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da PCMG.
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