Os gritos de “socorro”, de “polícia, polícia”, aliados ao fato de a vítima estar falando ao celular com uma amiga, e o exame de DNA foram determinantes para que a Polícia Civil esclarecesse um estupro, ocorrido no Monte de Orações, do Bairro Buritis, em 15 de dezembro do ano passado. Nesta terça-feira (7/1), a delegada Larissa Massote, da Delegacia de Combate à Violência Sexual, concluiu o inquérito e indiciou um homem de 29 anos.
As investigações apontam que a vítima, uma mulher de 51 anos, foi ao Monte de Orações para orar. Ao se aproximar do cume, percebeu um homem debaixo de uma árvore, com uma bíblia na mão. Era hábito dela ir ao local fazer as suas orações diariamente.
“Ela não se preocupou com o homem, pelo fato dele estar ali com uma bíblia na mão”, conta a delegada. Segundo Larissa Massote, em seguida, a mulher percebeu que o homem a observava, mas ela continuou com a rotina.
A mulher ligou para uma amiga pois queria que ela participasse da oração. Enquanto a mulher falava com a amiga pelo celular, o homem se aproximou, agarrou-a, arrancou as roupas dela e a obrigou a fazer sexo oral.
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A mulher começou a gritar por socorro e "polícia, polícia", enquanto tentava arranhar o homem. O agressor ameaçou a mulher de morte e continuou o abuso.
A amiga, do outro lado da linha, ao ouvir os gritos, ligou para amigos delas e para a Polícia Militar. Três amigos foram até o Monte das Orações e a chegada deles fez com que o estuprador fugisse.
Ao chegar ao local, a Polícia Militar iniciou uma busca, conseguindo localizar o homem numa grota. Ele foi preso em flagrante. No entanto, a decretação da prisão preventiva, segundo a delegada Larissa Massote, dependia de um exame de DNA e da coleta de sémen, na roupa e no corpo da vítima.
“Por sorte, ela juntou as roupas, rasgadas e não resistiu ao exame de coleta de material em seu corpo, outro detalhe importante”, diz a delegada. Os exames realizados no IML confirmaram que o homem preso é o estuprador da mulher.
Condenação
Um levantamento feito pelos policiais com o nome do homem, apontou que ele é condenado e que estava cumprindo pena em regime semiaberto.
“Ele não tinha nenhum processo por estupro. Suas prisões e condenações são por tráfico de drogas, roubo, corrupção de menores, receptação e furto”, explica a delegada.
Ela explicou, também, que o homem está sendo indiciado pelo crime de estupro, que prevê pena de seis a 10 anos.
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