A rede elétrica foi atingida durante manutenção da rede pluvial  -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)

A rede elétrica foi atingida durante manutenção da rede pluvial

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press

Três vítimas da explosão que ocorreu no centro de Belo Horizonte na tarde dessa quarta-feira (9/1) seguem internadas no Hospital João XXIII. Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o estado de saúde dos trabalhadores (de 25, 45 e 52 anos) é estável.


O quarto operário atingido pela explosão, de 52 anos, teve alta na mesma noite após passar por atendimento médico. 

 


Relembre o caso


Quatro funcionários prestavam serviços para a Prefeitura de Belo Horizonte em uma obra de manutenção da rede pluvial para melhorar a vazão da água das chuvas e mitigar alagamentos, quando, acidentalmente, atingiram o cabeamento de alta tensão subterrâneo. O resultado foram três fortes estouros, que provocaram chamas, feriram os operários e assustaram várias pessoas que estavam no entorno. 

 


A jornalista Daniela Sousa trabalha em um prédio na Álvares Cabral e disse que, pouco depois das 14h, os estrondos e foi até a rua, onde viu pessoas correndo e gritando. Entre as quatro vítimas, duas estavam em estado grave, e duas tiveram queimaduras mais leves que foram atendidas e encaminhadas para unidades de saúde da cidade. 

 


O Sargento Miranda, dos bombeiros, explicou que os funcionários de uma empresa contratada para fazer uma obra de manutenção na rede pluvial acabaram atingindo um cabeamento da rede subterrânea, causando as explosões.


Ainda segundo o bombeiro militar, não houve uma explosão, mas sim um grande estouro. A energia do curto-circuito teria provocado um clarão e gerado as chamas, o que resultou nas queimaduras dos funcionários. A equipe dos bombeiros no local descartou que a rede de gás tenha sido atingida. 


 

Por sua vez, a Cemig informou que não houve curto-circuito, já que isso seria um defeito na rede. Segundo a empresa, a perfuração dos operários teria atingido o cabeamento elétrico causando os estouros, clarões e fogo. Segundo a Companhia, apesar do acidente, o fornecimento de energia não foi interrompido. 


Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o acidente. 

 


Problemas com a obra


O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Alberto Calazans, ressaltou a existência de problemas na obra. "Confirmamos que não tinha ordem de serviço. 

 

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"Próximo do local onde houve a explosão tinha placa avisando que não pode escavar, porque tem uma rede elétrica. Nossa equipe confirmou que a rede tinha 13.800 volts. Quase atingiu a rede de gás que estava perto. Se ela fosse atingida, com a explosão elétrica, poderia ter acontecido uma tragédia inimaginável", pontuou.