A Polícia Civil investiga mais um caso de injúria racial, desta vez, ocorrido na noite desta quinta-feira (9/1), na Unidade de Pronto Atendimento Ressaca, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No local, um homem, que foi preso, teria provocado um tumulto e ofendido um funcionário da unidade de saúde.
O homem, que foi conduzido por injúria racial, foi ouvido por meio da Central Estadual do Plantão Digital, e teve a prisão em flagrante ratificada pela Autoridade Policial presente, e fica, então, à disposição da Justiça. Um inquérito policial foi instaurado para a apuração do caso.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) da Guarda Civil, o acompanhante de Sabina Hadassa - Igor Costa Silva, de 26 anos - se revoltou quando um servidor público pediu para que os acompanhantes aguardassem do lado de fora. A área de espera de atendimento estaria superlotada.
O funcionário explicou que o local era restrito apenas às equipes médica e de enfermagem, além de pacientes.
Nesse instante, segundo o BO, Igor teria se revoltado e disse que não sairia. Ele alegou que estava acompanhando sua mulher, grávida, e que ela tinha direito a um acompanhante.
Teve início, então, um bate-boca entre os dois homens. O servidor alega que foi chamado de “macaco”. Já o acompanhante se defende, dizendo que ele foi chamado de preto e que respondeu que os dois eram negros.
Revoltado, Igor e Sabrina deixaram o posto, enquanto o servidor chamou a Guarda Civil Municipal de Contagem. Os policiais foram até a casa da mãe de Sabrina, que passou o endereço da filha. Os policiais foram até lá e prenderam Igor. Ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Contagem.
Alípio de Melo
Na noite de terça-feira, a gerente de um espetinho, no Bairro Alípio de Melo, na região noroeste da capital mineira, Gabriela Silva, de 35 anos, foi vítima de injúria racial enquanto trabalhava. A suspeita, de 35 anos, foi presa.
Tudo foi filmado. As imagens foram, inclusive, entregues à Polícia Militar. As imagens mostram que a mulher que proferiu a agressão dizendo que queria falar com uma funcionária branca. Ela repete a agressão.
"A escravidão acabou, mas o racismo ainda existe. Senti a dor da chibata quando fui vítima de racismo. Resolvi denunciar e não me calar porque não podemos normalizar essas condutas, temos que dar um basta no racismo. E saber que ela foi presa prova que, como mulher negra trabalhadora, tive a minha dor ouvida", disse Gabriela, ao prestar depoimento na delegacia.
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Em nota, a Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante da mulher, ainda no período da noite. Segundo o órgão, as investigações seguem a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Civil, localizada na Região Noroeste de Belo Horizonte.