A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai credenciar 14 mil ambulantes para trabalhar no carnaval deste ano, 33% a menos do que no ano passado, quando cerca de 21 mil pessoas se cadastraram. Essa redução era uma reivindicação da Associação dos Trabalhadores Ambulantes da capital mineira. 

 




Em nota, a Belotur informou que “realizou um estudo detalhado sobre o número ideal de credenciais para atender às necessidades dos foliões e dos ambulantes.” Essa análise levou em consideração pesquisas realizadas com participantes do carnaval, solicitações dos trabalhadores da categoria e mensagens nas redes sociais. As demais informações para cadastro serão divulgadas em breve, de acordo com a Belotur.


Adjailson Severo, presidente da Associação dos Trabalhadores Ambulantes de BH, afirma que a redução é uma conquista para a categoria. “Nós não poderíamos repetir os mesmos erros que foram cometidos no último ano, com aquele número imenso de ambulantes, um em cima do outro, que ninguém lucrou com isso”, diz. 

 

 

Ele também destaca que outro fator prejudicial da folia do ano passado foi o número de ambulantes que vieram de outro estado para a capital mineira. Adjailson diz que outra reivindicação da associação é que seja obrigatória a apresentação do título de eleitor do município. Segundo ele, a Belotur está estudando essa demanda. 


Prejuízo em 2024


No carnaval do ano passado, ambulantes relataram ao Estado de Minas as dificuldades que estavam enfrentando, entre elas, o número de pessoas vendendo bebidas. “Tinha mais ambulantes que folião. Isso prejudicou muito nossas vendas. Teve muita gente que não conseguiu nem tirar o dinheiro que investiu”, disse a vendedora Tabata Mendes Oliveira na época.


“Estão todos revoltados, muita gente investiu e voltou para casa com mais da metade da mercadoria. Chegava 18h, e já vinham fechando nossas caixas, nos expulsando e tratando a gente muito mal. Poderia ter sido excelente, mas foi uma péssima primeira experiência”, corroborou Patrícia Teodoro Batista, que trabalhou como ambulante pela primeira vez durante a folia de 2024.

 

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Na época, os comerciantes também reclamaram da falta de fiscalização, o que resultou em muitas pessoas que não estavam credenciadas realizando vendas. “Tinha gente vendendo ilegalmente qualquer tipo de bebida, até mesmo garrafas de vidro, bebidas servidas em copo; vi também gente vendendo churrasquinho no meio da multidão em tempo de (causar) um acidente”, contou


*Estagiária sob supervisão do subeditor...

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