Logo no início da terceira semana de 2025, Minas Gerais já registrou dois óbitos pela dengue. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, por meio do painel de monitoramento das arboviroses atualizado nessa terça-feira (14/1). No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) ainda não confirmou as mortes.


Ao Estado de Minas, Eduardo Prosdocimi, subsecretário de vigilância em Saúde da SES-MG, explicou que a divergência de informações acontece devido à cronologia do contágio dos pacientes. Isso porque, embora a União tenha confirmado as mortes para o período sazonal de 2025, uma investigação ainda está em andamento. 


 

“Esse tipo de conferência é habitual e, muitas vezes, ocorre também de o município lançar eventualmente um óbito por dengue, sendo que não foi completamente investigado, e precisamos fazer a correção desse dado. Isso é comum, em especial no início do período sazonal, que os números ainda estão baixos, então qualquer dado a mais ou a menos gera uma variação percentual muito importante”, disse Prosdocimi. 




 

Ainda segundo o levantamento feito pelo Governo Federal, nas primeiras semanas do ano, o estado registrou 1.083 casos de dengue. Outros 2.675 estão em investigação. Além disso, a pasta apura uma terceira morte, que teria acontecido em decorrência de complicações da doença.


 

Dados diferentes pelo Estado


Os dados apresentados pelo Governo de Minas são divergentes dos da União. De acordo com boletim epidemiológico, divulgado nessa segunda-feira (13/1), as causas de um óbito, que estaria ligado à contaminação, estão sendo apuradas. Ao EM, a assessoria de imprensa da pasta informou que, até as 18h40, o órgão ainda não havia sido notificado de nenhuma morte confirmada. 


Em uma semana, o estado registrou 804 novos casos de dengue. Nos 14 primeiros dias do ano, a SES-MG informou que 864 diagnósticos testaram positivo para a arbovirose. Os dados representam aumento de 1.340% nas contaminações, quando comparados aos apresentados no último dia 7, porém ainda estão em patamar abaixo do registrado em 2024.


 

Além dos testes positivos para a dengue, os números de casos prováveis também saltaram em sete dias. Na primeira semana do ano, a Saúde mineira investigava 288 possíveis contaminações. Até o início da tarde dessa terça-feira (14/1), outros 3.016 casos da doença ainda estavam em investigação. 


 

Situação em BH

 

Na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-BH), em 2025, até a última sexta-feira (10/1), apenas um caso da infecção foi registrado. No entanto, havia outros 119 exames pendentes de resultados e avaliações epidemiológicas. Cinco possíveis contaminações foram descartadas.


 

Dengue


Os casos de dengue, que tradicionalmente aumentam durante o verão, quando as temperaturas elevadas e as chuvas potencializam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, começaram o ano com números menores do que em 2024. Na primeira quinzena do último ano, ainda segundo o informe epidemiológico do Estado, foram 3.983 testes positivos.


 

Em janeiro do ano passado, Minas Gerais foi o estado brasileiro com maior quantidade de casos suspeitos de dengue. Essa situação fez com que o governo estadual decretasse emergência em saúde pública. Na ocasião, 366 municípios mineiros estiveram situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão da doença. 


Chikungunya e zika

 

Em relação à febre chikungunya, até 14 de janeiro, foram registrados 385 casos prováveis da doença neste ano, dos quais 311 foram confirmados. Até o momento, não há óbitos confirmados ou em investigação em decorrência da doença em Minas Gerais. Quanto ao vírus Zika, não há casos prováveis e confirmados no estado.

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