Uma semana após a inauguração do Memorial Brumadinho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) inaugurou, nesta sexta-feira (31/1), o Memorial Nunca Esqueceremos, em homenagem às 272 vítimas da tragédia do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, no município da Região Metropolitana de BH, ocorrida em 25 de janeiro de 2019.



O espaço foi criado a partir de elementos simbólicos que remetem à tragédia, como pneus de uma tonelada e meia, metais retorcidos e referências à lama que devastou a região.

O memorial também conta com uma estátua em tamanho real de um bombeiro, em reverência às vítimas da tragédia. A placa com os nomes dos falecidos foi entregue pelo governador do estado, Romeu Zema (Novo), em 17 de janeiro de 2024.

Durante a solenidade de inauguração, foi realizado um ato solene que incluiu uma formação da tropa, um minuto de silêncio, toque de sino, continência ao memorial e toque de silêncio com corneteiro.

A partir de agora, em todo 25 de janeiro, data do desastre, o CBMMG realizará essa homenagem, reafirmando seu compromisso com a memória e o respeito às vítimas.

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O Tenente Henrique Barcellos destacou a importância do memorial para a memória coletiva: "Este momento sempre nos emociona, porque a Operação Brumadinho representa um marco na trajetória de todos os bombeiros que participaram dessa missão. O que contabilizamos aqui é praticamente toda a corporação. O Corpo de Bombeiros não é o mesmo depois de Brumadinho. Desde então, tivemos que desenvolver diversas técnicas para manter a operação com alta efetividade na identificação das vítimas. São mais de seis anos de operação, e até hoje temos 15 militares trabalhando todos os dias."

Memória viva

Jacira Francisca Mateus*, mãe de Thiago Matheus, uma das 272 vítimas do acidente e representante da Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), falou sobre a importância do memorial e da atuação do Corpo de Bombeiros: "A inauguração foi muito boa, os bombeiros estiveram presentes desde o primeiro dia. Nós o tratamos como anjos com asas, e eles continuam na operação até hoje."

Para Jacira, o memorial representa um alento. "Jamais uma tragédia tão grande que deveria ser esquecida. Tamanha dor tem que ser lembrada em cada canto do mundo, em cada lugar, em cada memorial, para que não se esqueçam das 272 vítimas", destacou.

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