VIOLÊNCIA EM BH

Mãe de vítima do 'tribunal do crime' é agredida e expulsa de casa em BH

Larrayne Andreia foi morta no Barreiro por traficantes por causa de uma dívida que tinha com a facção. Sua mãe também sofreu represálias

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Larrayne Andreia Laurentina Costa, de 17 anos, foi morta por uma decisão do tribunal do crime, devido a uma dívida com o traficantes. Por conta disso, os bandidos decidiram que a mãe da vítima também deveria ser punida. Ela foi espancada e expulsa de casa. Os seis envolvidos no crime já foram identificados. Dois deles estão presos, de 19 e 20 anos. Foi pedida a apreensão de dois menores, de 16 e 17 anos. Outro dois, de 25 e 27 anos, estão foragidos.

Tudo isso foi apurado pela equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, na região do Barreiro, comandada pelo delegado Matheus Moraes Marques.

A execução de Larrayne ocorreu em 18 de janeiro deste ano. O corpo foi encontrado, segundo o delegado, no local conhecido como Alto das Antenas, no Barreiro, de difícil acesso. “O corpo tinha marcas de tortura nas pernas e braços, e seu pescoço foi cortado. “Ela quase foi degolada, mas a cabeça ainda estava presa ao corpo”, diz o delegado.

A adolescente, segundo Matheus, havia pego uma certa quantidade de drogas e perdido depois. Ela ainda teria inventado aos criminosos que tinha sido estuprada por um antigo morador do Barreiro.

O homem chegou a ter a casa invadida pelos traficantes, que bateram nele, mas depois teriam descoberto que tudo não passava de uma invenção da mulher para escapar de qualquer punição por parte do tráfico.

Os invasores pararam a agressão e deixaram a casa. Além do mais, a vítima era conhecida na região onde mora por ser uma pessoa boa e que sempre ajudou pessoas necessitadas.

“E a partir disso, os traficantes decidiram por reunir o tribunal do crime para punir Bianca”, conta o delegado Matheus.

Larrayne foi atraída, segundo o policial, pelos traficantes, para o Alto das Antenas. “Lá, ela foi agredida, torturada e, com o uso de um facão, que os traficantes amolaram no asfalto, teve o pescoço cortado”, diz o delegado.

Nas investigações, os policiais descobriram ainda que uma das testemunhas arroladas por eles era procurada e tinha prisão preventiva decretada pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

Salvamento

Depois da execução, segundo o delegado, os traficantes decidiram punir a mãe da vítima e, por isso, invadiram a sua casa, agrediram a mulher e a expulsaram do lugar.

Os policiais, que investigavam o caso, ficaram sabendo da ameaça e da expulsão, e resolveram ajudá-la. “Fomos nós que a levamos de volta até sua casa, pra retirar seus pertences. “Nós a ajudamos. Nós retiramos roupas e móveis”, conta o delegado Matheus.

“A gente espera, agora, prender os dois integrantes do grupo que faltam, que são o gerente da boca e o executor. Os dois menores participaram da execução de Larrayne”, explica ele.

Os dois presos, até o momento, serão indiciados por homicídio torpe e por dificultar a defesa da vítima.

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