A Polícia Civil prendeu 10 integrantes de duas quadrilhas especializadas em furtar veículos de luxo em Belo Horizonte, especialmente caminhonetes Hilux. O modus operandi dos suspeitos foi apresentado pela PC em coletiva nesta terça-feira (11/2).

As investigações vêm sendo feitas há mais de um ano pelos policiais da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furtos de Veículos Automotores, tendo à frente os delegados Filype Utsch e Luciano Guimarães do Nascimento.

Dos 10 suspeitos, 4 permanecem presos sendo dois puxadores, um adulterador e um proprietário de oficina. Os dois puxadores que encontram-se presos preventivamente são conhecidos por “Lach”, de 33 anos, e “JP”, de 30. O adulterador, de 56 anos, é conhecido como “Neta”.

 



Somente em janeiro deste ano, 31 caminhonetes Hilux foram roubadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte - o que corresponde a um veículo por dia.

Segundo o delegado Filype Utsch, são duas quadrilhas distintas, que têm em comum, o receptador. “Não encontramos ainda ligações entre os dois grupos, a não ser o receptador, que foi flagrado em Sete Lagoas, no dia 28 de janeiro. Lá, descobrimos e estouramos um galpão onde havia uma caminhonete vermelha, roubada na véspera, no Bairro Floramar”.

Um vídeo obtido pela polícia mostra a ação dos dois puxadores que estão presos, Lach e JP. “Eles usavam um Celta de cor branca, que encostaram próximo do veículo que seria roubado. Um deles desceu e ia até o objetivo, abria a porta e ligava o carro. Temos um segundo vídeo, que mostra o Celta saindo do local do crime, e em seguida, a caminhonete Hilux”, diz o delegado Filype Ustch.

Prisões

As prisões dos integrantes das duas quadrilhas ocorreram nos dias 4 e 6 de fevereiro, sendo que o adulterador, conhecido por “Neta”, e o proprietário da oficina, já estavam presos.

“Quando da descoberta do galpão em Sete Lagoas, encontramos lá a caminhonete vermelha, sendo desmontada e peças de mais cinco ou seis veículos que foram desmontados”, explica o delegado.

A prisão de quatro dos suspeitos, entre eles Lach e JP, ocorreu no Bairro Jardim Vitória. A dos outros quatro, no Bairro Goiânia, ambos na capital.

No Bairro Goiânia, foram presos dois vendedores das peças roubadas e dois compradores, que vieram do Espírito Santo. “Eles foram liberados na audiência de conciliação", explica o delegado.

A expectativa, segundo o delegado Filype Ustch, é de prender mais integrantes das quadrilhas. “O modus operandi já temos. Eles esquentavam as peças que eram colocadas para vender, com notas frias. Em breve teremos mais prisões”, afirmou.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia 

compartilhe