Carnaval de BH: após 3 dias bebendo, folião 'doente' diz: 'agora estou bem'
Vestido de paciente de hospital, folião fez sucesso no bloco Putz Grilla com fantasia divertida e que carregou mensagem a favor da saúde pública
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Siga noEra impossível que o guia de turismo Fernando Alexandre de Lima, de 54 anos, andasse mais do que dois metros sem que algum folião o abordasse para pedir uma foto. Fantasiado com uma roupa de paciente de hospital e carregando um carrinho de soro que, na verdade, era de cerveja, o falso doente chamou a atenção no bloco Putz Grilla, que desfilou nesta terça-feira (4/3), na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Perguntado se estava naquele estado depois de beber cerveja sem parar nos três primeiros dias de carnaval, Fernando até concordou que encheu a cara na folia, mas retrucou a pergunta. "Eu estou é passando bem. Minha qualificação de risco está azul, eu estou 100%", disse, enquanto mostrava a pulseira de triagem hospitalar que fazia parte da fantasia.
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Quem acompanhou o folião na brincadeira foi a bancária, ou, melhor, a "enfermeira" Cleuza de Souza Faria, de 55 anos. Os dois são, nas palavras deles, eternamente namorados. "Ele está é bem demais com a cervejinha na veia", explica Cleuza.
O casal foi à folia fantasiado da cabeça aos pés. Ele, com uma camisola hospitalar, curativos, faixas no braço direito, perna esquerda e cabeça, também portava uma cânula nasal. Já a "enfermeira" carregava um estetoscópio, um medidor de pressão e um kit de primeiros socorros.
Para além da vestimenta, o que mais chamou a atenção dos outros foliões foi o carrinho com soro que Fernando carregava. No lugar do soro fisiológico, ele adaptou com seu 'remédio' pra folia e colocou uma garrafa de cerveja de ponta cabeça.
A receita para sua recuperação era bem restritiva. Apenas torresmo, dobradinha, chouriço, moela, fígado com filó, pé de porco e sambiquira - tudo sem sal, claro. Com destaque para o "cachaça a vontade".
"Ao longo de uma a gente vai garimpando algumas coisas, só que eu guardei para o momento certo, que foi quando encontrei minha doutora", explica o folião apaixonado ao falar sobre o trabalho que teve para fazer a fantasia.
Os pombinhos contam que pretender viver o resto da vida pulando os carnavais juntos. "Amém, e com muita saúde. Viva o SUS!", disse Fernando, apontando para a plaquinha que finaliza a fantasia, e que defende, com muito bom humor, uma saúde pública de qualidade para todos.
Alerta
Apesar da brincadeira, vale destacar que o consumo excessivo de cerveja pode acarretar em diversos problemas de saúde - o que demanda maior atenção no carnaval, onde casos de intoxicação alcoólica costumam levar unidades de saúde à superlotação. Se for beber, beba com moderação.
Lembrando que vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica a criança ou a adolescente é crime.
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