Bloco do Alok: PBH recolhe 40 toneladas de lixo após a festa
Estreia de Alok no Carnaval de Belo Horizonte lota a Avenida Afonso Pena e mobiliza 200 garis na limpeza da folia
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Siga noA primeira passagem do DJ Alok pelo Carnaval de Belo Horizonte foi avassaladora em todos os sentidos. Além de arrastar uma multidão de mais de 500 mil pessoas para a Avenida Afonso Pena, no Centro da capital, nessa terça-feira (4/3), o bloco Pipoquinha do Alok deixou um rastro de resíduos na pista. Segundo a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), foram recolhidas 40,8 toneladas de lixo após a festa.
Foram necessários 10.200 sacos de lixo e o trabalho de 200 garis para limpar o trajeto. Após a passagem do bloco do DJ, conhecido por seu ativismo ambiental, a quantidade de resíduos recolhidos representou 25% do total já acumulado nos quatro dias de festa em BH. No balanço geral, a SLU já retirou 161,5 toneladas de lixo das ruas durante a folia.
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Festa com cara de rave
Com o tema “Liberte o seu melhor”, o espetáculo sonoro e visual promovido por Alok transformou a Afonso Pena em uma gigantesca pista de dança a céu aberto. Com um setlist adaptado para o Carnaval, o DJ levou foliões ao delírio com hits eletrônicos e remixes de sucessos nacionais.
No meio da multidão, na corda do trio, quem chamou atenção foi Marlene Perdigão, de 84 anos, que viajou de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, só para ver o ídolo de perto. Sensibilizada, a equipe do artista a levou para dentro da corda do trio e providenciou um banquinho para que ela pudesse curtir o show com mais conforto, antes do início do desfile, iniciado por volta das 16h40.
Pela primeira vez, Alok leva seu som para as ruas durante o carnaval, e logo em Belo Horizonte, que se tornou referencia nacional da festa. Antes de subir no trio, o DJ conversou com a reportagem do Estado de Minas e revelou sua expectativa.
“É a primeira vez que faço um bloco no carnaval, então vou saber falar melhor depois do trio. Mas, pelo feedback que tenho recebido, a galera tem sido muito acolhedora. O carnaval, diferente de outros eventos, não exclui, ele acolhe. E eu me senti acolhido aqui com o eletrônico”, afirmou.
Tumultos
Mas nem tudo foi festa. O público muito acima do esperado causou uma série de transtornos. O Parque Municipal foi invadido por foliões que, espremidos na avenida, pularam as grades para conseguir respirar. Ao perceber o tumulto, a Guarda Civil Municipal optou por abrir os portões para evitar acidentes.
Diversas pessoas passaram mal com o calor e a aglomeração, e precisaram ser retiradas carregadas do meio da festa. Em um dos registros, um folião foi içado por cima da grade do parque para receber atendimento.
A reportagem também flagrou foliões subindo em estruturas de pontos de ônibus para ter uma visão privilegiada do trio. Dançando, eles não se importaram com a possibilidade de acidente. Pouco tempo depois do flagrante, guardas civis mandaram que o grupo descesse do local.
Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (5/3) de Cinzas, a presidente da presidente da Empresa Municipal de Turismo (Belotur) Bárbara Menucci destacou o trabalho coordenado e em tempo real.
"Naquele momento (do Alok) a gente foi vendo, foi entendido que ia abrir o Parque Municipal para ajudar no escoamento das pessoas, para as pessoas poderem entrar ali. Depois a gente foi andando devagarzinho com o trio, paramos na Rua da Bahia também, porque era uma forma das pessoas saírem escoando e dar uma distanciada", descreve.
Expectativas para o Carnaval de 2026
O sucesso do bloco Pipoquinha do Alok e sua impressionante adesão já impactam o planejamento do Carnaval de Belo Horizonte para 2026. A Prefeitura quer garantir pelo menos uma atração de renome nacional por dia, mantendo ao mesmo tempo o espaço para blocos tradicionais e escolas de samba.
"O mais legal do Carnaval de Belo Horizonte é isso: múltiplas experiências culturais. A gente viu ontem o Alok, bloquinho de fanfarra e o Carnaval de Passarela. Essa é a grande preciosidade do nosso Carnaval", disse a , Bárbara Menucci.
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*Com informações de Mateus Parreiras