Brasileira de 17 anos passa em 5 universidades nos Estados Unidos
Conheça a estudante com dupla nacionalidade que aguarda resposta de mais cinco faculdades, incluindo Harvard
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Siga noSer aprovado em uma universidade de medicina pode ser uma tarefa muito difícil. Imagine passar em cinco! Carolline Aparecida Rosa Rodrigues, de apenas 17 anos, conseguiu esse feito no exterior. Atualmente, ela estuda na escola Nauset High School Eastham Massachusetts, nos Estados Unidos, e termina o ensino médio em junho deste ano.
Caroline foi aprovada em cinco instituições, ambas para o curso de medicina: Arizona State University, University of Mississippi, UMass Boston, Coastal Carolina University e UMass Amherst.
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Até o momento em que esta reportagem foi escrita, ela aguarda resposta de outras cinco universidades: Florida Atlantic University, University of Miami, New York University, College of Charleston e a famosa Harvard University.
Ou seja, Caroline tem chances de colecionar até dez aprovações.
A adolescente, no início, estava indecisa sobre qual carreira seguir. Pensou em ser juíza ou advogada. Depois, chegou à conclusão que quer ser médica pediatra: “Sempre quis ser médica, mas nunca no nível que eu quero agora”, afirma.
A faculdade que ela vai cursar o ensino superior ainda não foi escolhida, mas há uma preferência: “Estou pensando em entrar na universidade que é em Massachusetts, mais ou menos três horas de onde eu moro. Mas eu estou esperando o retorno das outras também e se Deus quiser até maio eu já tenho minha resposta final”, conta.
O processo para a inscrição acontece através de duas provas feitas pelos alunos: uma no nono ano e outra no primeiro ano do ensino médio. Outro método de avaliação é o Scholastic Assessment Test (SAT), similar ao Enem, feito durante o segundo e o terceiro ano do “high school".
As notas dessas provas, atividades como serviços voluntários, práticas esportivas, comportamento do aluno durante a escola e até o que os estudantes fizeram fora do colégio são considerados para o ingresso dos universitários.
Hoje, ela mora com a mãe, Raquel Consolação Rosa Rodrigues, o pai, Roberto Rodrigues Neto, e o irmão, Leonardo Rosa Rodrigues, nos EUA. A tia Aparecida Rosa acompanha orgulhosa do Brasil os passos da sobrinha: “É uma grande façanha por toda a história dela, pela dedicação e pela inteligência. Caroline é uma estrela e vai contribuir muito para a saúde”, comemora.
“Eu estou muito orgulhosa e feliz pelo caminho que percorri, mas não estaria aqui sem o apoio da minha família”, celebra a estudante.
Do Brasil para os Estados Unidos
Caroline nasceu em Barnstable, em Boston (MA), mas tem dupla nacionalidade. Aos dois meses de idade, acompanhada dos pais, mineiros, ela veio para o Brasil e fica até os 9 anos. “Minha infância toda foi lá (no Brasil) e foi ótima. Tinha vários amigos e minha família toda”, relata.
Aos nove anos, os pais, Raquel Consolação Rosa Rodrigues e Roberto Rodrigues Neto estavam “em busca de uma vida melhor” e, por isso, voltaram aos EUA.
“Eu entrei na escola no meio de fevereiro, no terceiro ano, sem saber nenhuma palavra de inglês. Três a quatro meses depois, eu me tornei fluente”, comenta Caroline. Hoje, ela domina o inglês e português, língua que foi alfabetizada na cidade de Sete Lagoas, Região Central de Minas Gerais. E está no “nível mais alto” das aulas de espanhol.
No quinto ano do fundamental, ela já se destacava como “melhor aluna da sala”. Entre os 15 e 16 anos, ela praticava Lacrosse — esporte de equipe, jogado com um taco que possui uma rede na ponta, muito comum no exterior, até que lesionou o joelho.
Caroline teve que passar por uma cirurgia e foi nesse momento que ela soube que queria ser médica: “ Os médicos me tratavam como se eu fosse filha deles. Vi isso e eu falei assim: quero muito ajudar as pessoas quando eu crescer”, relembra.
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*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos