AUDIÊNCIA

Delegada Monah Zein não aparece e julgamento é adiado

Data precisou ser remarcada porque acusada não compareceu presencialmente nem pediu link para participar virtualmente da audiência judicial

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O julgamento da delegada Monah Zein, que responde pela tentativa de homicídio contra quatro policiais civis, foi adiado para 30 de abril. A audiência, agendada para a manhã desta terça-feira (18/3), foi remarcada porque a delegada não apareceu.

"Na abertura da audiência na data de hoje, constatou-se que, apesar de devidamente intimada, a acusada não compareceu e nem requisitou link para participar virtualmente da audiência, além de não ter constituído advogado para essa audiência. Por essa razão, foi decretada a revelia da acusada pela juíza Ana Carolina Rauen", divulgou o Tribunal do Júri na manhã de hoje.

A expectativa da audiência de hoje era de que 16 testemunhas, entre acusação e defesa, fossem ouvidas, as quatro vítimas também prestassem depoimento e a delegada fosse interrogada. A sessão de hoje marcaria as primeiras oitivas do processo, ainda não cabendo decisões finais sobre o caso.

A delegada ficou conhecida quando, em 22 de novembro de 2023, quatro policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) apareceram na porta do apartamento dela e a servidora transmitiu ao vivo a situação. No vídeo, Monah afirmou que vinha sofrendo assédio moral no trabalho e que, após o fim das férias dela, os “atos humilhantes, assediadores, bizarros, adoecedores” voltaram a acontecer. Aos mais de 700 espectadores, a delegada disse que havia apresentado denúncias aos órgãos competentes, mas que nenhuma delas fora investigada.

Monah e os outros agentes discutiram no corredor do prédio e disparos foram feitos, dando início a uma negociação. A delegada ficou trancada dentro do apartamento por quase 30 horas e fez novos disparos de dentro do imóvel. Ela optou por sair de casa, foi sedada e presa, devido aos tiros feitos contra os agentes. Dias depois, Monah saiu da prião após decisão da Justiça.

Na época, em coletiva de imprensa, o porta-voz da corporação, delegado Saulo Castro, explicou que os agentes foram até o endereço da delegada depois que a mulher enviou mensagens em um grupo de trabalho, o que gerou preocupação nos colegas. “A delegada de polícia retornava das férias e enviou em um grupo mensagens que sugeriam algo que pudesse levar a uma situação contra sua própria saúde. Colegas de trabalho vieram aqui para acolher a colega. A conversa não se desdobrou, ela estava mais exaltada, e julgamos necessário chamar a Core”, disse. O Core coordena ações de alto risco com um grupo de elite de agentes.

Apesar das afirmações de Castro, a delegada afirmou que “em nenhum momento” deu a entender que tiraria a própria vida. “Dei a entender que não voltaria para aquele purgatório. Eu apresentei denúncias na ouvidoria do Estado, na ouvidoria da Polícia, na corregedoria, no fiscal do MPMG”, afirmou.

A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais afirma que, desde o início da abordagem, a servidora insistiu que não precisava de ajuda. Apesar disso, ela “demonstrava grande excitação e agressividade em seu comportamento, o que revelava, para as equipes atuantes, a necessidade de continuidade da ação”.

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“A denunciada, agindo com dolo homicida, tentou matar policiais civis no exercício da função e, em decorrência dela, somente não consumando o crime por circunstâncias alheias a sua vontade”, narra o documento do MPMG.

 

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