Criança leva cocaína para escola pensando que é doce, e PM é acionada
Professoras encontraram 16 papelotes de substância semelhante à cocaína com uma aluna de 4 anos. Nove estavam parcialmente consumidos
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Siga noPelo menos 20 crianças foram encaminhadas para uma unidade de saúde em Itamonte, no Sul de Minas Gerais, com suspeita de ingestão de cocaína nesta sexta-feira (21/3). Os menores de 4 e 5 anos tiveram acesso à substância quando uma colega de 4 anos levou 16 papelotes, achando que era doce.
A Polícia Militar de Minas Gerais informou que uma professora chamou a corporação após ouvir duas alunas dizendo que o “papelzinho” que uma colega tinha dado estava ruim. Quando a professora pediu para a criança mostrar o que a amiga lhe deu, a menina mostrou um objeto parecido com um papelote de droga.
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A professora perguntou à menina e ela disse que os pacotes estavam na casa do pai e que ele havia dado para ela. A criança e o “papelzinho” foram levados para a diretoria. Depois, a professora encontrou mais seis pacotes na mochila e nove debaixo da cadeira. Segundo a polícia, sete pacotes estavam cheios e lacrados, e nove estavam parcialmente usados.
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O pai da criança foi até a escola antes da polícia ser chamada. No local, ele tirou o produto da mão de uma coordenadora e fugiu. Pouco depois, o tio da criança chegou, desacatou duas conselheiras tutelares e levou a sobrinha embora. Ele foi encaminhado para a delegacia onde assinou Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e foi liberado.
A polícia realizou buscas para localizar e prender o pai da criança, mas até a publicação desta matéria, ele ainda não havia sido encontrado. Amostras foram coletadas das crianças que tiveram contato com a menina que trouxe a substância, para verificar se houve inalação ou ingestão do produto. As crianças estão sendo acompanhadas pelos responsáveis.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Itamonte informou que mobilizou uma força-tarefa para atender o caso das crianças que confundiram droga com doce. O gabinete municipal atuou em conjunto com as polícias Civil e Militar, o Conselho Tutelar, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e psicólogos.
O prefeito acompanhou a situação pessoalmente, garantindo apoio médico extra e ambulâncias de prontidão para emergências. Além disso, foi oferecido lanche e suporte psicológico às famílias envolvidas. O município segue acompanhando o caso e prestando apoio às famílias.
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Por precaução, a médica de plantão recomendou a realização de testes toxicológicos, mas não havia disponibilidade imediata em cidades vizinhas. A prefeitura, então, acionou o laboratório Oswaldo Cruz, em Taubaté (SP), que estendeu seu atendimento para realizar a coleta no mesmo dia. Os exames confirmaram que nenhuma das crianças havia ingerido a substância.