BH-TEC anuncia expansão para construção de centro de sustentabilidade
Obras terão investimento de R$ 20 milhões e incluem projeto de espaços especializados em inovação para enfrentar mudanças climáticas
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Siga noO Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), fundado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), anunciou, nesta terça-feira (25/3), a primeira expansão desde a inauguração, em 2012. O prédio, que custará em torno de R$ 20 milhões, será voltado para a inovação e sustentabilidade no estado e será construído na lateral da estrutura principal do parque.
"É um marco fundamental, não só pela expansão em si, que demonstra a relevância que o BH-TEC vem ganhando hoje em dia, mas também pela temática: ser um espaço destinado a trazer inovação para enfrentar mudanças climáticas", disse o presidente do Parque, Marco Crocco.
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O novo prédio materializa o Centro de Inteligência em Sustentabilidade (Cis) do BH-TEC. Centros de tecnologia, laboratórios, startups e empresas de base tecnológica vão ocupar o espaço, além de um prédio que pode atuar em conjunto com a UFMG.
De acordo com o vice-reitor da UFMG, Alessandro Fernandes Moreira, é necessário que a tecnologia traga um impacto social que melhore a vida das pessoas. Moreira reforçou a importância do projeto, que prevê a inovação sem degradar o meio ambiente.
“Esse salto da expansão que tem que ser ressaltado é exatamente essa questão de como fazer responsavelmente a inovação, então o BH-TEC traz a inovação junto com a sustentabilidade e sempre trazendo impacto, que traz desenvolvimento social, desenvolvimento econômico, cuidado com o meio ambiente e é tudo isso que está se materializando a partir dessa expansão que nós estamos inaugurando hoje”, avalia Alessandro.
Obras do BH-TEC
Em coletiva de imprensa realizada hoje, Crocco apresentou a maquete do projeto de expansão, que contará com um complexo de laboratórios e prédios arquitetonicamente eficientes para o meio ambiente. A ideia é priorizar estratégias para minimizar o consumo de energia e reduzir impactos construtivos.
O presidente do Parque Tecnológico destacou que o ambiente será construído com madeira em vez de concreto. Além disso, painéis solares também serão utilizados.
O objetivo é que o projeto também seja destinado a eventos, coworking, startups e que haja espaço para abrigar empresas que gerem valor em sustentabilidade, integrando o Centro de Inteligência em Sustentabilidade.
“É o primeiro espaço de ambientes de inovação em Minas Gerais destinado exclusivamente a empresas que têm essa vertente de trabalhar com a área de sustentabilidade de uma forma ampla”, reforça Crocco.
O investimento estimado é de R$ 18 milhões, sendo R$ 15 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 3 milhões do Governo do Estado de Minas Gerais. Ao todo, serão mais de dois mil metros quadrados para locação, salas de reunião, auditórios e ambientes de conexões.
Desses, 549,2 metros quadrados serão destinados a um ambiente para abrigar empresas âncoras e seus centros de pesquisa e desenvolvimento, 408,14 metros quadrados para startups e 402,73 metros quadrados destinados a eventos, meetups e rodadas de negócios, além de 176,67 metros quadrados para coworking.
Um destaque são os living labs, os laboratórios vivos que promovem uma interação entre os seres vivos e o ambiente. Eles são fabricados a partir de resíduos utilizados na construção de pás eólicas, reforçando a inovação e a sustentabilidade. Tais laboratórios serão destinados para receber projetos de experimentação e demonstração, além de abrigar startups.
Os contêineres possuem 21,5 metros quadrados de área livre, com uma estrutura revestida para proteção sonora, climatização, proteção contra fatores externos, como chuvas, além de banheiros equipados com lavabos e vasos sanitários.
Centros tecnológicos da UFMG
Além dos projetos já anunciados e com recursos, o BH-TEC pretende criar um prédio exclusivo para abrigar os três Centros Tecnológicos da UFMG - de Vacinas, Nanomateriais e Terapias Avançadas e Inovadoras. O valor estimado para a obra é de R$ 20 milhões e a direção do parque tecnológico ainda busca recursos para viabilizar o novo espaço, mas a iniciativa já é bem avaliada pelos gestores da universidade.
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“Não tem como dissociar BH-TEC da universidade. O orçamento é sempre um grande desafio para todos nós, não é diferente do BH-TEC. O capital intelectual a universidade sempre vai prover. Nós já temos três centros tecnológicos aqui no BH-TEC e nosso objetivo é criar mesmo um espaço comum, um espaço que a gente possa agregar e trazer outros centros de tecnologia, que talvez já estejam em outros espaços da universidade. Convivendo no mesmo espaço, a gente agrega, integra e avança cada vez mais”, concluiu o vice-reitor.