CRIME EM 2016

Começa o julgamento de engenheiro que agrediu médico em boate de BH

De acordo com a Justiça, Rafael Batista Carvalho agrediu Henrique Papini na porta de uma boate, no Bairro Olhos D’Água, em 2016

Publicidade

Uma manifestação clamando por justiça, marca o início do julgamento do engenheiro Rafael Batista Carvalho, na manhã desta quinta-feira (27/3), no Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele é acusado de espancar o médico anestesista Henrique Papini, de 30 anos, que sofre com sequelas da agressão.

O crime ocorreu na saída de uma boate, a Hangar 677, no bairro Olhos d’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte, no dia 7 de setembro de 2016. Imagens de vídeo mostram o engenheiro e outras três pessoas partindo para cima da vítima, que era estudante de medicina na época. O vídeo também flagra o momento em que o engenheiro atinge Henrique, que cai e é chutado na cabeça, o que faz com que ele desfaleça.

Os manifestantes que clamam por justiça são familiares e amigos de Henrique. O grupo levou faixas para a porta do Fórum com frases provocativas como, “Lugar de bandido é na cadeia”, “A sociedade clama por Justiça”, “Tentativa de homicídio não é erro, é crime”, “E se fosse seu filho?”, “Tentou matar, tem de pagar”, “Condenação implacável”, “Não esqueceremos, Justiça já”. Além dos cartazes, nas camisetas dos manifestantes também se lia: "Justiça já, não à impunidade".

Paralelo ao movimento de apoio a Henrique, havia também um pequeno grupo que tentava defender o réu. Nas camisetas usadas pelos integrantes lia-se a frase “Rafael não queria matar”. Ninguém, no entanto, quis se manifestar publicamente.

O julgamento teve início perto de 10h. A família de Henrique, que não estava presente, foi a primeira a entrar para acompanhar o júri, seguida por 15 convidados. Outras 15 pessoas, familiares de Rafael, também puderam acompanhar o julgamento.

 

Defesa

A defesa de Rafael trabalha para desqualificar o crime de tentativa de homicídio para lesão corporal, segundo o advogado Zanone Júnior. Segundo ele, houve uma briga entre Henrique e Rafael. Os dois, então, caíram no chão e, para se defender, seu cliente deu um chute, que acabou atingindo a cabeça de Henrique. “Nesse instante, meu cliente se afastou”, disse.

 Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Zanone alega que Rafael não quis exterminar ninguém. “Lesão é um crime contra a incolumidade. Houve uma briga na porta da boate. E a prova de que o crime é de lesão corporal, não tentativa de homicídio, é que quatro pessoas foram indiciadas e três liberadas pela Justiça”, afirmou.

O advogado lembra que seu cliente chegou a usar tornozeleira eletrônica por quase dois anos e que já houve uma proposta de acordo. A família de Rafael teria, segundo o advogado, oferecido R$ 400 mil de ressarcimento para Henrique. No entanto, não houve uma decisão sobre a proposta. 

Tópicos relacionados:

assassinato bh engenheiro julgamento medico

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay