CRIME AMBIENTAL

Mineradora de Belo Horizonte é alvo de operação da Polícia Federal

investigação revelou associação criminosa com envolvimento de servidores da Agência Nacional de Mineração e geólogos contratados pela Empabra

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A Empresa de Mineração Pau Branco (Empabra), localizada no Bairro Taquaril, na Região Leste de Belo Horizonte, está entre os alvos da Operação Parcours, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (28/3).

De acordo com as investigações, geólogos contratados pela empresa, com o apoio de servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), estariam facilitando a exploração irregular de minério na Serra do Curral. 

A investigação revelou que a associação criminosa ocorre desde 2014 e já teria causado um prejuízo estimado em R$ 832 milhões à União e ao meio ambiente. A Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, vem sendo explorada pela mineração há várias décadas.

Na operação, os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e afastaram dois servidores públicos. A ação também bloqueou ativos financeiros para compensar os danos causados pela atividade irregular. 

Histórico de problemas

A operação da PF foi deflagrada após uma série de problemas envolvendo as atividades da Empabra. Em 24 de julho de 2024, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) propôs uma Ação Civil Pública (ACP) contra a empresa, por "exploração minerária predatória e ilegal, além do descumprimento reiterado de obrigações assumidas para a recuperação ambiental da área".

A ação foi assinada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Belo Horizonte e pela Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba.

Em agosto de 2024, a 9ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte determinou asuspensão imediata de todas as atividades da Empabra Mina Corumi, localizada próxima à Serra do Curral. Além da extração de minério, foram interrompidos o transporte e o escoamento de materiais, incluindo o tráfego de caminhões. 

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Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que não houve qualquer atividade minerária no local após 14 de setembro do ano passado.

A reportagem tentou contato com a Empabra e com a ANM, mas não obteve resposta; o espaço permanece aberto para manifestações.

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