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MATOU OS FILHOS

Mãe suspeita de envenenar filhos com chumbinho é indiciada pela polícia

Motivação para o crime teria sido uma forma de vingança contra o ex-marido, pais dos filhos

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Viviane Leonarda dos Santos Oliveira, de 38 anos, a mulher suspeita de matar os dois filhos, Moisés de Oliveira, de 12 anos, e Isadora dos Santos Oliveira, de 18, ao servir-lhes comida com chumbinho no final do ano passado, está sendo indiciada pelos dois crimes e mais agravantes. Ela teria agido para se vingar do marido. O caso foi registrado em Belo Horizonte.

Pela morte de Moisés, ela responderá por homicídio quadruplamente qualificado: por motivo torpe, envenenamento, dificultar a defesa da vítima e crime praticado contra menor de 14 anos. Pela morte de Isadora, por motivo torpe, envenenamento e dificultar a defesa da vítima.

“O crime ocorreu em 19 de novembro de 2024. Viviane preparou um jantar, servido às 20h30. Serviu arroz, feijão, chuchu, frango com cebola e angu. Às 21h20, o filho passou mal e ela o levou para uma UPA. Enquanto ela estava na UPA, a filha passou mal em casa. O menino, de 12 anos, foi levado para o Hospital do Pronto Socorro. Somente depois disso, a filha foi levada à UPA”, conta o delegado Humberto Junio, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

No dia 24 de novembro, segundo o policial, Isadora morreu. Já Moisés morreu em 3 de dezembro. As investigações começaram logo depois da morte de Isadora. As primeiras suspeitas foram levantadas pelos investigadores, uma vez que, na casa, foram encontrados somente o arroz e o feijão. Além disso, a casa estava toda limpa, um indício de que alguém queria acobertar alguma coisa.

Os policiais descobriram que, em setembro, Viviane tentou matar, servindo café envenenado, seu então companheiro Geraldo, no sítio deles, em Jaboticatubas. “Ele disse que se sentiu mal, mas que pensou que o problema era que o café estava estragado, como tinha sugerido a mulher. Ele sequer procurou ajuda médica”, conta o delegado Junio.

Um outro detalhe, conforme o delegado, é que em 21 de outubro o casal teve uma discussão forte, em que Geraldo teria atirado um objeto em direção a Viviane. Ela, então, foi a uma delegacia, fazendo a denúncia e conseguindo a medida protetiva contra Geraldo, segundo o delegado, o motivo pelo qual ele não estava em casa no dia do envenenamento.

Cerca de 15 testemunhas foram ouvidas e, uma delas, segundo o delegado Junio, disse que tinha conversas constantes com Viviane, que lhe dizia que a situação do casal não era boa e que iria acontecer uma coisa, que iria fazer todos chorarem.

“Essa testemunha foi fundamental, pois a partir daí, tínhamos uma prova. E verificando o celular de Viviane, descobrimos que ela tinha feito mais de 100 pesquisas sobre chumbinho e remédios que podem ser usados como veneno. Algumas dessas pesquisas para saber a dosagem para envenenar uma pessoa. Além disso, nas conversas com essa testemunha, ela sempre dizia, quando questionada, se não queria saber quem tinha envenenado seus filhos: 'Vamos deixar nas mãos de Deus'. Era sempre a mesma frase”, conta o delegado Junio.

Viviane está presa desde 24 de novembro no presídio feminino de Vespasiano. “Nós a prendemos no dia da morte da filha dela, da Isadora”, diz.

Motivação

A delegada Alessandra Wilkie, chefe do DHPP, entende que a motivação maior para o crime seja uma vingança contra Geraldo, o pai das crianças. “Ela tinha raiva do marido e queria puni-lo”.


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