Polícia Civil esclarece morte de mulher por asfixia na Grande BH
Casal vivia no Bairro Washington Pires, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte
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Siga noUma história de amor, que começou quando eram dois adolescentes. Ele com 15 anos, ela com 13. No entanto, depois de 15 anos, terminou em tragédia, pois ele, W. B. L. S., hoje com 28 anos, matou Maria Gabriela Barbosa dos Santos, de 26, por asfixia. O crime ocorreu no dia 26 de março em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O autor está preso.
Nem sempre a vida de W. e Maria Gabriela foi um mar de rosas. Depois de algum tempo, vieram as agressões por parte dele. Apesar disso, da violência doméstica, o casal teve dois filhos, um menino que tem sete anos, e uma menina, de três.
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A história dele vai além disso, pois eram viciados em drogas, a tal ponto, que as duas crianças vivem com a mãe de Maria Gabriela, que detém a guarda de ambos. Uma situação que era conhecida por vizinhos e parentes.
O casal vivia no Bairro Washington Pires, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na noite de 26 de março, vizinhos ouviram gritos e uma discussão do casal, vinco da casa deles.
Estarem juntos, aliás, era um incógnita para todos, pois em dezembro último, W. foi preso por violência doméstica contra Maria Gabriela, que conseguiu, inclusive, uma medida protetiva contra ele. Mas ela desconheceu isso, e 15 dias depois, quando W. já estava em liberdade novamente, eles voltaram a viver juntos.
A morte de Maria Gabriela só foi descoberta no dia 27. O casal vivia na casa dos pais de W.. Pela manhã, o pai dele o viu saindo de casa, dizendo que iria até a casa da sogra. Mas a mãe de W. chamou o marido e juntos abriram a porta do quarto. Maria Gabriela estava deitada de barriga para cima e coberta até o pescoço. Chamaram a polícia, que comprovou que ela estava morta.
A perícia da Polícia Civil atestou a marte por asfixia, já que haviam marcas no pescoço da vítima. Além disso, havia muitas marcas de agressões no corpo da vítima.
Foi emitido um pedido de prisão preventiva contra W., que foi preso em 30 de março, quando se entregou à polícia. Levado à Delegacia de Homicídios de Ibirité, W. disse que os dois discutiram e que Maria Gabriela tinha caído, depois de um trupicão. “Ele disse também, que a tinha apanhado no colo e colocado na cama”, segundo o delegado Wellington Faria.
Mas segundo o delegado, W. mentiu. “Além das marcas no corpo, numa busca feita no quarto, encontramos, dentro de uma sacola de plástico, as roupas dele sujas de sangue, assim como um outro pano, todo ensanguentado. São provas irrefutáveis”.
No depoimento, W. contou que os dois tinham consumido bebida e maconha. “E ele disse não se recordar de ter asfixiado Maria Gabriela, pois estaria embriagado e drogado”, conta o delegado.
W. está sendo indiciado pelos crimes de feminicídio, que tem pena de 20 a 40 anos, com o agravante de asfixia. E também por tentar forjar morte natural. “Mas estamos aguardando o exame toxicológico para anexar ao processo”, afirma o delegado Wellington.
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