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COMBATE À DENGUE

Casos confirmados de dengue já passam de 40 mil em Minas Gerais

Exames feitos em cidades do Triângulo Mineiro correspondem a 48,6% das contaminações. Em todo o estado, 32 pessoas já morreram pela doença

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Minas Gerais superou 40 mil contaminações confirmadas por dengue em 2025. Conforme dados do painel de monitoramento das arboviroses, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), exames feitos em moradores do Triângulo Mineiro correspondem a 48,6% da positividade da doença. Até o início da tarde desta segunda-feira (7/4), 40.379 casos haviam sido confirmados em todo o estado. 

Uberlândia ultrapassou a marca de 7 mil casos confirmados da doença neste ano e segue como a cidade com maior número de mortos no estado. São oito mortes até o momento. Na vizinha Uberaba, a situação é semelhante, com também oito óbitos e 1.327 contaminações. 

Em virtude da escalada dos números, em 26 de fevereiro, a Prefeitura de Uberlândia determinou estado de emergência. O documento tem duração de cinco meses e permite que a administração municipal tenha maior facilidade para aplicar manobras de combate ao mosquito Aedes aegypti

Já a Prefeitura de Uberaba, em 24 de fevereiro, reabriu o Centro de Referência à Dengue para atender à demanda de pacientes com sintomas da doença. O município decretou situação de emergência em 28 de fevereiro. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que segue monitorando o cenário epidemiológico. Contudo, reforça que, neste momento de epidemia, a colaboração de todos é fundamental.

“É imprescindível que todos cuidem dos seus quintais e eliminem os focos do mosquito. A SMS também orienta que os usuários procurem uma Unidade de Saúde durante os primeiros sintomas, para que não haja agravamento no quadro clínico”, finaliza a prefeitura.

Óbitos

De acordo com a pasta de Saúde estadual, 32 pessoas já morreram em decorrência da dengue. Além disso, outros 78 óbitos estão sendo investigados. Em uma semana, as infecções fatais confirmadas aumentaram 18,5%. Na última segunda-feira (31/3), 27 mortes haviam sido informadas. 

A maior parte dos óbitos foram registrados de pacientes mulheres de 70 a 74 anos, o que corresponde a 17,86%. No entanto, na mesma faixa etária o percentual de homens que morreram em decorrência da dengue é de 3,57%. 

Ainda segundo o monitoramento da SES-MG, 67,87% das pessoas que perderam a vida para a  arboviroses possuem algum tipo de comorbidade. Desse total, a maior presença é de pacientes com quadro de hipertensão, em seguida estão casos de doença renal e diabetes.  

O infectologista Leandro Curi, que integra a equipe do Hospital Semper, acredita que perdemos a guerra contra o vetor transmissor da dengue. Porém, o especialista defende que a prevenção mais eficaz é a vacina. “Minha expectativa é que enquanto ela [vacina contra a dengue] ainda não é produzida em nosso país, que seja possível comprar mais doses para ampliar a proteção e estendê-la para outras faixas etárias”, destaca. 

Vacina

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o uso de duas vacinas contra a dengue: Qdenga, do laboratório japonesa Takeda; e Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi- Pasteur. A primeira foi incorporada ao calendário de vacinação e é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o último ano. Ela é indicada para pessoas de 4 a 60 anos, não sendo indicada para aplicação em idosos. 

Em 14 de fevereiro, o Ministério da Saúde permitiu a ampliação temporária do público-alvo da vacina. A medida é válida para doses com prazo de validade iminente. Apesar disso, em Minas Gerais, até o momento, não há informações sobre o remanejamento da aplicação. A reportagem do Estado de Minas procurou a SES-MG para saber se há algum planejamento, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta. 

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De acordo com o governo federal, por conta da dificuldade de produção e importação das doses, nas Unidades Básicas de Saúde (UBs) as doses estão sendo ofertadas para crianças de 10 a 14 anos, sendo que em alguns estados e municípios, devido a falta de procura o público alvo foi ampliado para 6 a 14 anos. Já o imunizante francês, pode ser aplicado em pessoas de todas as idades  mas, ela só pode ser utilizada por aqueles que já tiveram dengue, sendo contraindicada para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.

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